02 de Fevereiro de 2025
Pareciam ovelhas sem pastor
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21/07/2018 00:00 - Atualizado em 23/07/2018 15:59
Pareciam ovelhas sem pastor 0
21/07/2018 00:00 - Atualizado em 23/07/2018 15:59
Celebramos neste domingo o décimo sexto do tempo comum. A liturgia de hoje é marcada pela condescendência de Jesus com o povo que, esperançoso, de todos os lados, acorre até ele. A preparação de sua chegada pelos discípulos – assunto de domingo passado – teve efeito. O povo procura Jesus. Esse povo é como ovelhas que não têm pastor, e Jesus lhes ensina muitas coisas. Dá-lhes o ensinamento do reinado de Deus. No Evangelho deste domingo, Jesus convida os Apóstolos, que regressavam da missão, cansados, repousarem um pouco em lugar deserto e avaliar o resultado do trabalho apostólico. Mas nem deu tempo, pois havia uma multidão sedenta da verdade e faminta de pão para atender!
Na primeira leitura (Jr 23, 1-6) o profeta Jeremias faz uma proclamação sobre os maus pastores e o verdadeiro pastor de Israel. Os reis de Judá foram maus pastores para o rebanho; por isso, serão castigados (cf. Jr 23,1-2). Mas Deus reunirá novamente seu rebanho, de todos os lugares, e lhe dará um bom pastor (cf. Jr 23,3-4), descendente de Davi, que será chamado “Javé nossa justiça”. O profeta Jeremias lamenta a existência de maus pastores que fazem sofrer, dispersar e afugentar! Mas, Deus vai suscitar novos e zelosos pastores!
Na segunda leitura (Ef 2,13-18) nos apresenta Jesus que veio estabelecer a paz e a unidade de todos os povos. Veio formar um único povo. Apagou nossos pecados com seu Sangue e derramou o Espírito Santo para fortalecer nossa consciência de “filhos de Deus”! A segunda leitura, continuação da leitura da carta aos Efésios, iniciada no domingo passado, não deixa de enriquecer o pensamento principal da liturgia de hoje. Fala da unidade de gentios e judeus em Jesus Cristo. Do ponto de vista do judaísmo, os gentios estavam longe de Deus. Cristo, porém, trouxe-os para perto. Mediante aqueles que Paulo chama de gentios, Deus chamou a todos. Já não há discriminação. De judeus e gentios, daqueles que estão perto e dos que estão longe, Deus fez, em Jesus Cristo, nova realidade humana: o “homem novo” (Ef 2,15).
No Evangelho (Mc 6, 30-34) deste domingo Jesus quer fazer uma revisão de vida com seus Apóstolos, que retornaram cansados da missão apostólica. Disse-lhes: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco!” Mas a multidão faminta e sedenta de verdade, e abandonada pelos pastores, procurou Jesus, que se compadeceu e passou o dia inteiro ensinando-a, pois, parecia um rebanho sem pastor!
O tema das ovelhas que não têm pastor (e o encontram em Cristo) merece toda a nossa atenção nos tempos atuais. A sociedade exibe um aspecto caótico, e não vemos, de imediato, um ponto de referência que una as pessoas e as faça conviver em harmonia. Diante disso, o evangelho deste domingo nos mostra Jesus tendo compaixão dessa multidão, que é como ovelhas sem pastor. E o que é que ele faz? “Pôs-se a ensinar muitas coisas” (Mc 6,34).
O projeto de reconduzir o povo recebe sua plena realização em Jesus de Nazaré. Vendo a multidão carente de pastor, tem compaixão dela e começa a ensinar-lhe as coisas do Reino. Temos aí a origem da “pastoral”. A pastoral consiste em pôr em prática a “compaixão” pelo povo. Pastoral é conduzir o povo pelo caminho de Deus. É inspirada não pelo desejo de poder, mas pelo espírito de serviço. Jesus procura levar o rebanho ao Pai, só isso, mas isso é tudo.
Que possamos tirar duas conclusões do Evangelho deste domingo: a catequese de Jesus nos ensina que o trabalho apostólico é cansativo e precisa de descanso e de oração – “Vinde a um lugar deserto… e descansai um pouco!”. Na segunda lição, Jesus nos ensina que a necessidade do povo ocupa um lugar muito importante: “Jesus vendo a multidão faminta e sedenta da verdade, compadeceu-se e passou o dia inteiro ensinado-a com calma e compaixão”. O bom missionário e o zeloso pastor não se pertencem mais! Precisam ser grandes na compaixão e na doação integral ao serviço do Povo de Deus!
Pareciam ovelhas sem pastor
21/07/2018 00:00 - Atualizado em 23/07/2018 15:59
Celebramos neste domingo o décimo sexto do tempo comum. A liturgia de hoje é marcada pela condescendência de Jesus com o povo que, esperançoso, de todos os lados, acorre até ele. A preparação de sua chegada pelos discípulos – assunto de domingo passado – teve efeito. O povo procura Jesus. Esse povo é como ovelhas que não têm pastor, e Jesus lhes ensina muitas coisas. Dá-lhes o ensinamento do reinado de Deus. No Evangelho deste domingo, Jesus convida os Apóstolos, que regressavam da missão, cansados, repousarem um pouco em lugar deserto e avaliar o resultado do trabalho apostólico. Mas nem deu tempo, pois havia uma multidão sedenta da verdade e faminta de pão para atender!
Na primeira leitura (Jr 23, 1-6) o profeta Jeremias faz uma proclamação sobre os maus pastores e o verdadeiro pastor de Israel. Os reis de Judá foram maus pastores para o rebanho; por isso, serão castigados (cf. Jr 23,1-2). Mas Deus reunirá novamente seu rebanho, de todos os lugares, e lhe dará um bom pastor (cf. Jr 23,3-4), descendente de Davi, que será chamado “Javé nossa justiça”. O profeta Jeremias lamenta a existência de maus pastores que fazem sofrer, dispersar e afugentar! Mas, Deus vai suscitar novos e zelosos pastores!
Na segunda leitura (Ef 2,13-18) nos apresenta Jesus que veio estabelecer a paz e a unidade de todos os povos. Veio formar um único povo. Apagou nossos pecados com seu Sangue e derramou o Espírito Santo para fortalecer nossa consciência de “filhos de Deus”! A segunda leitura, continuação da leitura da carta aos Efésios, iniciada no domingo passado, não deixa de enriquecer o pensamento principal da liturgia de hoje. Fala da unidade de gentios e judeus em Jesus Cristo. Do ponto de vista do judaísmo, os gentios estavam longe de Deus. Cristo, porém, trouxe-os para perto. Mediante aqueles que Paulo chama de gentios, Deus chamou a todos. Já não há discriminação. De judeus e gentios, daqueles que estão perto e dos que estão longe, Deus fez, em Jesus Cristo, nova realidade humana: o “homem novo” (Ef 2,15).
No Evangelho (Mc 6, 30-34) deste domingo Jesus quer fazer uma revisão de vida com seus Apóstolos, que retornaram cansados da missão apostólica. Disse-lhes: “Vinde sozinhos para um lugar deserto e descansai um pouco!” Mas a multidão faminta e sedenta de verdade, e abandonada pelos pastores, procurou Jesus, que se compadeceu e passou o dia inteiro ensinando-a, pois, parecia um rebanho sem pastor!
O tema das ovelhas que não têm pastor (e o encontram em Cristo) merece toda a nossa atenção nos tempos atuais. A sociedade exibe um aspecto caótico, e não vemos, de imediato, um ponto de referência que una as pessoas e as faça conviver em harmonia. Diante disso, o evangelho deste domingo nos mostra Jesus tendo compaixão dessa multidão, que é como ovelhas sem pastor. E o que é que ele faz? “Pôs-se a ensinar muitas coisas” (Mc 6,34).
O projeto de reconduzir o povo recebe sua plena realização em Jesus de Nazaré. Vendo a multidão carente de pastor, tem compaixão dela e começa a ensinar-lhe as coisas do Reino. Temos aí a origem da “pastoral”. A pastoral consiste em pôr em prática a “compaixão” pelo povo. Pastoral é conduzir o povo pelo caminho de Deus. É inspirada não pelo desejo de poder, mas pelo espírito de serviço. Jesus procura levar o rebanho ao Pai, só isso, mas isso é tudo.
Que possamos tirar duas conclusões do Evangelho deste domingo: a catequese de Jesus nos ensina que o trabalho apostólico é cansativo e precisa de descanso e de oração – “Vinde a um lugar deserto… e descansai um pouco!”. Na segunda lição, Jesus nos ensina que a necessidade do povo ocupa um lugar muito importante: “Jesus vendo a multidão faminta e sedenta da verdade, compadeceu-se e passou o dia inteiro ensinado-a com calma e compaixão”. O bom missionário e o zeloso pastor não se pertencem mais! Precisam ser grandes na compaixão e na doação integral ao serviço do Povo de Deus!
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