27 de Abril de 2025
A vida é dom de Deus a todos
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Céline Dion e Andrea Boccelli, dois dos maiores cantores internacionais, reconhecidos mundialmente pelas belas canções e pelas vendas de sucesso. Cristiano Ronaldo, uma grande estrela do futebol português, autor de belíssimos gols e de fama internacional, um dos passes mais caros do mundo. Steve Jobs, um grande inventor, empreendedor e informático de nosso século. Criou uma das maiores marcas tecnológicas dos últimos tempos.
Tantas celebridades com profissões diferentes; quatro pessoas que esbanjam talentos e trazem alegrias a muita gente no mundo. Porém, o que os une? O que elas têm em comum? Por que citar estas pessoas neste editorial? A resposta é muito simples e também muito conhecida no mundo: essas quatro celebridades trazem em suas histórias uma grande vitória antes mesmo do nascimento: todos os quatros quase foram abortados. A história que une esta mulher e estes três homens foi a possibilidade de terem suas vidas interrompidas. Porém, foi aí que Deus interveio, o medo de suas mães se tornou confiança e, mais uma vez, assim a morte foi vencida pela vida.
Muitos entre aqueles que são favoráveis à legalização do aborto, antes mesmo de considerar uma questão ideológica sobre os direitos da mulher ou o princípio de autodeterminação, a consideram como a melhor alternativa possível. O aborto, normalmente dizem, libera a mulher de uma gravidez indesejada, e continuar a permitir por lei impede ações clandestinas.
No centro da posição da Igreja existe a cognição que Deus seja o criador do nosso ser. Como explicou a Congregação para a Doutrina da Fé no seu documento “Donum Vitae”: “a vida humana é sacra porque desde o seu início comporta a ação criadora de Deus”. Somente Deus é o Senhor da vida do seu início ao seu fim; ninguém pode reivindicar para si o direito de destruir um ser humano inocente. E ainda, não precisar crer em Deus para acreditar que a vida humana deve ser preservada é um fato observável e científico que teve início no útero materno. O ponto é o valor a ser dado à vida não nascida em comparação com as outras. O conceito que cada vida humana seja intrinsecamente preciosa e que o seu valor não seja maior ou menor segundo o seu estágio de desenvolvimento (ou de outras características), é um princípio cardinal da teoria dos direitos humanos. O ensinamento da Igreja segundo o qual a vida humana não vale menos porque é mais jovem e pouco desenvolvida, representa o princípio fundamental de cada sociedade.
Papa Francisco, em sua Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium”, ressalta exatamente a inviolabilidade do ser humano em todas as suas fases da vida: “Supõe a convicção de que um ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em cada etapa do seu desenvolvimento. É fim em si mesmo, e nunca um meio para resolver outras dificuldades. Se cai esta convicção, não restam fundamentos sólidos e permanentes para a defesa dos direitos humanos, que ficariam sempre sujeitos às conveniências contingentes dos poderosos de turno. Por si só a razão é suficiente para se reconhecer o valor inviolável de qualquer vida humana, mas, se a olhamos também a partir da fé, “toda a violação da dignidade pessoal do ser humano clama por vingança junto de Deus e torna-se ofensa ao Criador do homem” (213).
A Igreja Católica fala sempre por aqueles que não têm voz, como o nascituro, o embrião indefeso, ou qualquer outra vítima silenciosa. Em consideração à humanidade do nascituro, muito mais do que contra os direitos das mulheres, a Igreja pensa sempre que cada criança tem o direito de vir ao mundo, e se empenha para difundir uma cultura pela vida, na esperança de que um dia o aborto não seja mais praticado, nem clandestinamente e nem legalmente. Ao mesmo tempo, a Igreja pede que os governos de cada país criem condições para as mulheres assustadas por uma gravidez indesejada ou não programada, causa de muitos abortos no mundo: o medo.
O Brasil, na América do Sul, após uma “suposta” e “falsa” vitória na Argentina da legalização do aborto, sofrerá massivas investidas para que se chegue ao mesmo resultado. Manifestações, propagandas nos principais meios de comunicação, educação nas escolas e outras formas serão usadas para convencer que o aborto deve ser encarado como positivo e de direito. No referendum na Irlanda e na votação na Argentina, um fato marcou profundamente àqueles que acompanhavam o resultado: a euforia e a alegria que tomou conta dos que são considerados a favor do aborto. Impressiona ver a total inversão de valores, na qual os primeiros estágios da vida humana, com direitos e dignidade, não serão mais tutelados pela lei.
“Pequenos, mas, fortes no amor de Deus, como São Francisco de Assis, todos nós, cristãos, somos chamados a cuidar da fragilidade do povo e do mundo em que vivemos”. Como Igreja e como cristãos, não podemos permitir que a cultura da morte prevaleça sobre nossa sociedade brasileira. A vida deve ser defendida em todas as suas instâncias, do início ao fim. Cabe a cada um de nós assegurar que esses direitos sejam respeitados. “A todos aqueles que aceitam seguir Cristo, é-lhes dada a plenitude da vida: neles, a imagem divina é restaurada, renovada e levada à perfeição. Este é o desígnio de Deus para os seres humanos: tornarem-se “conformes à imagem do seu Filho” (“Evangelium Vitae”). Este é o dom de Deus dado a todos, e ninguém tem o direito de tirá-lo.
A vida é dom de Deus a todos
24/06/2018 00:00
Céline Dion e Andrea Boccelli, dois dos maiores cantores internacionais, reconhecidos mundialmente pelas belas canções e pelas vendas de sucesso. Cristiano Ronaldo, uma grande estrela do futebol português, autor de belíssimos gols e de fama internacional, um dos passes mais caros do mundo. Steve Jobs, um grande inventor, empreendedor e informático de nosso século. Criou uma das maiores marcas tecnológicas dos últimos tempos.
Tantas celebridades com profissões diferentes; quatro pessoas que esbanjam talentos e trazem alegrias a muita gente no mundo. Porém, o que os une? O que elas têm em comum? Por que citar estas pessoas neste editorial? A resposta é muito simples e também muito conhecida no mundo: essas quatro celebridades trazem em suas histórias uma grande vitória antes mesmo do nascimento: todos os quatros quase foram abortados. A história que une esta mulher e estes três homens foi a possibilidade de terem suas vidas interrompidas. Porém, foi aí que Deus interveio, o medo de suas mães se tornou confiança e, mais uma vez, assim a morte foi vencida pela vida.
Muitos entre aqueles que são favoráveis à legalização do aborto, antes mesmo de considerar uma questão ideológica sobre os direitos da mulher ou o princípio de autodeterminação, a consideram como a melhor alternativa possível. O aborto, normalmente dizem, libera a mulher de uma gravidez indesejada, e continuar a permitir por lei impede ações clandestinas.
No centro da posição da Igreja existe a cognição que Deus seja o criador do nosso ser. Como explicou a Congregação para a Doutrina da Fé no seu documento “Donum Vitae”: “a vida humana é sacra porque desde o seu início comporta a ação criadora de Deus”. Somente Deus é o Senhor da vida do seu início ao seu fim; ninguém pode reivindicar para si o direito de destruir um ser humano inocente. E ainda, não precisar crer em Deus para acreditar que a vida humana deve ser preservada é um fato observável e científico que teve início no útero materno. O ponto é o valor a ser dado à vida não nascida em comparação com as outras. O conceito que cada vida humana seja intrinsecamente preciosa e que o seu valor não seja maior ou menor segundo o seu estágio de desenvolvimento (ou de outras características), é um princípio cardinal da teoria dos direitos humanos. O ensinamento da Igreja segundo o qual a vida humana não vale menos porque é mais jovem e pouco desenvolvida, representa o princípio fundamental de cada sociedade.
Papa Francisco, em sua Exortação Apostólica “Evangelii Gaudium”, ressalta exatamente a inviolabilidade do ser humano em todas as suas fases da vida: “Supõe a convicção de que um ser humano é sempre sagrado e inviolável, em qualquer situação e em cada etapa do seu desenvolvimento. É fim em si mesmo, e nunca um meio para resolver outras dificuldades. Se cai esta convicção, não restam fundamentos sólidos e permanentes para a defesa dos direitos humanos, que ficariam sempre sujeitos às conveniências contingentes dos poderosos de turno. Por si só a razão é suficiente para se reconhecer o valor inviolável de qualquer vida humana, mas, se a olhamos também a partir da fé, “toda a violação da dignidade pessoal do ser humano clama por vingança junto de Deus e torna-se ofensa ao Criador do homem” (213).
A Igreja Católica fala sempre por aqueles que não têm voz, como o nascituro, o embrião indefeso, ou qualquer outra vítima silenciosa. Em consideração à humanidade do nascituro, muito mais do que contra os direitos das mulheres, a Igreja pensa sempre que cada criança tem o direito de vir ao mundo, e se empenha para difundir uma cultura pela vida, na esperança de que um dia o aborto não seja mais praticado, nem clandestinamente e nem legalmente. Ao mesmo tempo, a Igreja pede que os governos de cada país criem condições para as mulheres assustadas por uma gravidez indesejada ou não programada, causa de muitos abortos no mundo: o medo.
O Brasil, na América do Sul, após uma “suposta” e “falsa” vitória na Argentina da legalização do aborto, sofrerá massivas investidas para que se chegue ao mesmo resultado. Manifestações, propagandas nos principais meios de comunicação, educação nas escolas e outras formas serão usadas para convencer que o aborto deve ser encarado como positivo e de direito. No referendum na Irlanda e na votação na Argentina, um fato marcou profundamente àqueles que acompanhavam o resultado: a euforia e a alegria que tomou conta dos que são considerados a favor do aborto. Impressiona ver a total inversão de valores, na qual os primeiros estágios da vida humana, com direitos e dignidade, não serão mais tutelados pela lei.
“Pequenos, mas, fortes no amor de Deus, como São Francisco de Assis, todos nós, cristãos, somos chamados a cuidar da fragilidade do povo e do mundo em que vivemos”. Como Igreja e como cristãos, não podemos permitir que a cultura da morte prevaleça sobre nossa sociedade brasileira. A vida deve ser defendida em todas as suas instâncias, do início ao fim. Cabe a cada um de nós assegurar que esses direitos sejam respeitados. “A todos aqueles que aceitam seguir Cristo, é-lhes dada a plenitude da vida: neles, a imagem divina é restaurada, renovada e levada à perfeição. Este é o desígnio de Deus para os seres humanos: tornarem-se “conformes à imagem do seu Filho” (“Evangelium Vitae”). Este é o dom de Deus dado a todos, e ninguém tem o direito de tirá-lo.
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