Arquidiocese do Rio de Janeiro

29º 22º

Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 09/05/2024

09 de Maio de 2024

Um novo tempo

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do e-mail.
E-mail enviado com sucesso.

09 de Maio de 2024

Um novo tempo

Se você encontrou erro neste texto ou nesta página, por favor preencha os campos abaixo. O link da página será enviado automaticamente a ArqRio.

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do erro.
Erro relatado com sucesso, obrigado.

03/12/2017 00:00

Um novo tempo 0

03/12/2017 00:00

Estamos iniciando hoje um novo ano litúrgico, ciclo de tempo ao longo do qual celebramos os mistérios da nossa fé, que tem como núcleo central o Mistério Pascal (Paixão, Morte e Ressurreição) de Jesus. Assim como acontece quando iniciamos um novo ano civil, desejamos que a renovação deste ciclo nos ajude a viver a fé melhor do que vivemos no ano que se encerrou.

Este ano, de forma especial, viveremos o mistério de Cristo inseridos no contexto do Ano dos Leigos, chamados cada vez mais a ser “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-16). Tendo celebrado a Festa da Unidade Arquidiocesana, compreendemos um pouco melhor qual a missão que o Senhor confia aos leigos e leigas: o sal se mistura ao alimento, dando-lhe sabor; a luz se integra ao ambiente, iluminando-o. Em si, nem sal nem luz são realidades que tenham finalidade independente: sua razão de ser está nas realidades às quais servem. No entanto, sem eles, as mesmas realidades não chegam a exercer todo seu potencial: alimento sem sabor e ambiente sem luz não atingiram seu objetivo. Da mesma forma, tanto o mundo sem os leigos não se torna o Reino de Cristo como os leigos sem o mundo perdem sua razão de ser.

Sabemos que o Advento é tempo de uma feliz espera, não somente a espera histórica do nascimento do Senhor, cuja celebração na Igreja tem início em torno do século IV. O Advento é o tempo que, abrindo o ano litúrgico, nos lembra que a celebração anual dos mistérios da salvação nos coloca sempre com os olhos voltados para o horizonte, para “os montes, de onde virá nosso socorro, do Senhor que fez o céu e a terra” (cf. Sl 120(121),1-2). Nossa espera só terá bons frutos se for vigilante, em comunhão e realizando obras de justiça.

Em nosso coração, durante este tempo rico em espiritualidade litúrgica, deve arder o desejo de “correr com nossas obras ao encontro do Cristo que vem” (oração do dia do 1º domingo do Advento), transformando atitudes e pensamentos (teremos a ocasião das Confissões em preparação para o Natal), preparando o coração pela escuta da Palavra (participação na liturgia, especialmente a dominical) e pela meditação do mistério da vinda de Jesus na história (celebrando em família e em comunidade a Novena de Natal). Também é tempo de solidariedade com os mais pobres, recordando o gesto do próprio Senhor que, “sendo rico, se fez pobre, a fim de nos enriquecer por sua pobreza” (2Cor 8,9). Muitas comunidades fazem gestos de solidariedade, arrecadando roupas e brinquedos para crianças pobres, além de artigos para compor cestas básicas mais fartas, para que o Natal seja a celebração da alegria, especialmente para os irmãos que tanto sofrem.

Enfim, temos uma série de atividades e recursos que se colocam à nossa disposição para nos ajudar a bem viver a celebração pontual da vinda do Salvador na história, mas de forma especial a celebração da vinda do Senhor que aguardamos, e o fazemos de forma ininterrupta, quais virgens prudentes que, mantendo acesas suas lâmpadas com o óleo da fidelidade, aguardam a chegada do Noivo para as núpcias eternas (cf. Mt 25,1-12). Vigiemos, pois, e celebremos bem este tempo do Advento, dizendo com toda a Igreja: “Maranatha. Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22,20).

Leia os comentários

Deixe seu comentário

Resposta ao comentário de:

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do comentário.
Comentário enviado para aprovação.

Um novo tempo

03/12/2017 00:00

Estamos iniciando hoje um novo ano litúrgico, ciclo de tempo ao longo do qual celebramos os mistérios da nossa fé, que tem como núcleo central o Mistério Pascal (Paixão, Morte e Ressurreição) de Jesus. Assim como acontece quando iniciamos um novo ano civil, desejamos que a renovação deste ciclo nos ajude a viver a fé melhor do que vivemos no ano que se encerrou.

Este ano, de forma especial, viveremos o mistério de Cristo inseridos no contexto do Ano dos Leigos, chamados cada vez mais a ser “sal da terra e luz do mundo” (Mt 5,13-16). Tendo celebrado a Festa da Unidade Arquidiocesana, compreendemos um pouco melhor qual a missão que o Senhor confia aos leigos e leigas: o sal se mistura ao alimento, dando-lhe sabor; a luz se integra ao ambiente, iluminando-o. Em si, nem sal nem luz são realidades que tenham finalidade independente: sua razão de ser está nas realidades às quais servem. No entanto, sem eles, as mesmas realidades não chegam a exercer todo seu potencial: alimento sem sabor e ambiente sem luz não atingiram seu objetivo. Da mesma forma, tanto o mundo sem os leigos não se torna o Reino de Cristo como os leigos sem o mundo perdem sua razão de ser.

Sabemos que o Advento é tempo de uma feliz espera, não somente a espera histórica do nascimento do Senhor, cuja celebração na Igreja tem início em torno do século IV. O Advento é o tempo que, abrindo o ano litúrgico, nos lembra que a celebração anual dos mistérios da salvação nos coloca sempre com os olhos voltados para o horizonte, para “os montes, de onde virá nosso socorro, do Senhor que fez o céu e a terra” (cf. Sl 120(121),1-2). Nossa espera só terá bons frutos se for vigilante, em comunhão e realizando obras de justiça.

Em nosso coração, durante este tempo rico em espiritualidade litúrgica, deve arder o desejo de “correr com nossas obras ao encontro do Cristo que vem” (oração do dia do 1º domingo do Advento), transformando atitudes e pensamentos (teremos a ocasião das Confissões em preparação para o Natal), preparando o coração pela escuta da Palavra (participação na liturgia, especialmente a dominical) e pela meditação do mistério da vinda de Jesus na história (celebrando em família e em comunidade a Novena de Natal). Também é tempo de solidariedade com os mais pobres, recordando o gesto do próprio Senhor que, “sendo rico, se fez pobre, a fim de nos enriquecer por sua pobreza” (2Cor 8,9). Muitas comunidades fazem gestos de solidariedade, arrecadando roupas e brinquedos para crianças pobres, além de artigos para compor cestas básicas mais fartas, para que o Natal seja a celebração da alegria, especialmente para os irmãos que tanto sofrem.

Enfim, temos uma série de atividades e recursos que se colocam à nossa disposição para nos ajudar a bem viver a celebração pontual da vinda do Salvador na história, mas de forma especial a celebração da vinda do Senhor que aguardamos, e o fazemos de forma ininterrupta, quais virgens prudentes que, mantendo acesas suas lâmpadas com o óleo da fidelidade, aguardam a chegada do Noivo para as núpcias eternas (cf. Mt 25,1-12). Vigiemos, pois, e celebremos bem este tempo do Advento, dizendo com toda a Igreja: “Maranatha. Vem, Senhor Jesus!” (Ap 22,20).

Autor

Cristiano Holtz Peixoto

Editorialista do Jornal Testemunho de Fé