Arquidiocese do Rio de Janeiro

34º 22º

Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 17/05/2024

17 de Maio de 2024

“A Vida Consagrada”

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do e-mail.
E-mail enviado com sucesso.

17 de Maio de 2024

“A Vida Consagrada”

Se você encontrou erro neste texto ou nesta página, por favor preencha os campos abaixo. O link da página será enviado automaticamente a ArqRio.

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do erro.
Erro relatado com sucesso, obrigado.

20/09/2013 16:12 - Atualizado em 23/09/2013 16:18

“A Vida Consagrada” 0

20/09/2013 16:12 - Atualizado em 23/09/2013 16:18

Segundo o Compêndio do Catecismo, na resposta 192, a vida consagrada consiste numa resposta livre a um chamado particular de Cristo, com o qual os consagrados se dedicam totalmente a Deus e tendem a perfeição da caridade, sob a moção do Espírito, na qual se caracteriza pela vivência dos conselhos evangélicos. Vejamos alguns pontos sobre o Ensinamento da Igreja sobre a vida religiosa.

 

A Vida Consagrada

Os fiéis que sentem o chamado para uma vivência mais radical da graça batismal se consagram por meio dos votos, ou de outros vínculos, a vivência dos três conselhos evangélicos: pobreza, obediência e castidade. O Concílio Vaticano II nos diz na Perfectae Caritatis, nº 1, que “desde os princípios da Igreja, houve homens e mulheres, que pela prática dos conselhos evangélicos procuraram seguir Cristo com maior liberdade e imitá-lo mais de perto, consagrando, cada um a seu modo, a própria vida a Deus. Muitos deles, movidos pelo Espírito Santo, levaram vida solitária, ou fundaram famílias religiosas, que depois a Igreja de boa vontade acolheu e aprovou com a sua autoridade”. Assim, a vocação religiosa nasce do Batismo e encaminha o cristão a se consagrar na imitação mais plena da vida de Jesus, casto, obediente e pobre, se consagrando a uma vida de caridade e de louvor a Deus.

 

Os Conselhos Evangélicos

Segundo o parágrafo 45 da Lumen Gentium, as palavras e o exemplo de Jesus demandam de seus discípulos uma vida de liberdade em relação aos bens materiais e as pessoas e uma vida em consonância com a vontade do Pai. A Tradição da Igreja sempre testemunhou isto através dos Apóstolos, dos Santos Padres e Doutores conservando e repropondo nos séculos esta radical imitação de Cristo. A prática dos conselhos evangélicos pretende, pela ação do Espírito, fazer com que o fiel viva a lei do amor. É a caridade que anima e rege a vivência dos conselhos evangélicos, pois eles indicam caminhos mais diretos e fáceis para se concretizar o grande mandamento deixado pelo Senhor. Embora, de fato, todos os batizados sejam chamados à prática de tais conselhos, os religiosos ou consagrados os encarnam no sentido próprio com um estado de vida semelhante ao Mestre.

A castidade por amor do reino dos céus é um dom que liberta o coração do homem para que se entregue de modo singular ao amor de Deus e, por causa deste, ao amor pelos irmãos. A castidade celibatária dos religiosos é um sinal da vida celeste e oferece a liberdade necessária para o culto e o apostolado, manifestando assim a realidade da Igreja, noiva de Cristo (cf. Mt 19,12). A pobreza voluntária abraçada para seguir a Cristo é vivida pelo religioso de diversas formas. Todavia, ela é entendida como participação na pobreza do Senhor, que se fez pobre para nos enriquecer. Os religiosos são chamados ao trabalho, a confiança na Providência divina e a terem um coração despojado de desejo de bens materiais (cf. Mt 6,24-26; 19,21) colocando tudo que tem para o enriquecimento de seus irmãos e da comunidade. Pela profissão da obediência, os religiosos oferecem a plena oblação da própria vontade como entrega de si mesmos a Deus, se unindo a Cristo, que veio para cumprir a vontade do Pai (cf. Jo 4,34; 5,30). A obediência é exercida no serviço aos superiores e aos irmãos, sob a moção do Espírito Divino, em prol do crescimento na vida de santidade.

 

As diversas formas da vida consagrada

A vida religiosa foi se desenvolvendo ao longo dos séculos de várias formas. A Lumen Gentium nº 43 compara este desenvolvimento como uma grande árvore frondosa que se ramifica cheia de frutos nos campos do Senhor. A vida consagrada pode ser dividida nas modalidades de vida solitária ou comum; de gênero masculino e feminino; e, de atividades de apostolado ou de vida contemplativa. Isto de tal forma que o Catecismo nos aponta vários ramos de consagração presentes na Igreja hoje: a vida eremítica, as virgens e viúvas consagradas, a vida monástica, os institutos seculares e as sociedades de vida apostólica. Comumente chamamos de irmão/irmã aquele/aquela que desempenham atividades de apostolado e de monge/monja aquele/aquela que vive sua consagração contemplativa.

 

Para aprofundar...

Para saber mais sobre o assunto, conferir os parágrafos 914–933 do CIC; o Compêndio do Catecismo, perguntas 192 e 193; o Youcat, pergunta 145; a Constituição Dogmática Lumen Gentium, capítulo VI; e, o Decreto Conciliar Perfectae Caritatis.

 

Leia os comentários

Deixe seu comentário

Resposta ao comentário de:

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do comentário.
Comentário enviado para aprovação.

“A Vida Consagrada”

20/09/2013 16:12 - Atualizado em 23/09/2013 16:18

Segundo o Compêndio do Catecismo, na resposta 192, a vida consagrada consiste numa resposta livre a um chamado particular de Cristo, com o qual os consagrados se dedicam totalmente a Deus e tendem a perfeição da caridade, sob a moção do Espírito, na qual se caracteriza pela vivência dos conselhos evangélicos. Vejamos alguns pontos sobre o Ensinamento da Igreja sobre a vida religiosa.

 

A Vida Consagrada

Os fiéis que sentem o chamado para uma vivência mais radical da graça batismal se consagram por meio dos votos, ou de outros vínculos, a vivência dos três conselhos evangélicos: pobreza, obediência e castidade. O Concílio Vaticano II nos diz na Perfectae Caritatis, nº 1, que “desde os princípios da Igreja, houve homens e mulheres, que pela prática dos conselhos evangélicos procuraram seguir Cristo com maior liberdade e imitá-lo mais de perto, consagrando, cada um a seu modo, a própria vida a Deus. Muitos deles, movidos pelo Espírito Santo, levaram vida solitária, ou fundaram famílias religiosas, que depois a Igreja de boa vontade acolheu e aprovou com a sua autoridade”. Assim, a vocação religiosa nasce do Batismo e encaminha o cristão a se consagrar na imitação mais plena da vida de Jesus, casto, obediente e pobre, se consagrando a uma vida de caridade e de louvor a Deus.

 

Os Conselhos Evangélicos

Segundo o parágrafo 45 da Lumen Gentium, as palavras e o exemplo de Jesus demandam de seus discípulos uma vida de liberdade em relação aos bens materiais e as pessoas e uma vida em consonância com a vontade do Pai. A Tradição da Igreja sempre testemunhou isto através dos Apóstolos, dos Santos Padres e Doutores conservando e repropondo nos séculos esta radical imitação de Cristo. A prática dos conselhos evangélicos pretende, pela ação do Espírito, fazer com que o fiel viva a lei do amor. É a caridade que anima e rege a vivência dos conselhos evangélicos, pois eles indicam caminhos mais diretos e fáceis para se concretizar o grande mandamento deixado pelo Senhor. Embora, de fato, todos os batizados sejam chamados à prática de tais conselhos, os religiosos ou consagrados os encarnam no sentido próprio com um estado de vida semelhante ao Mestre.

A castidade por amor do reino dos céus é um dom que liberta o coração do homem para que se entregue de modo singular ao amor de Deus e, por causa deste, ao amor pelos irmãos. A castidade celibatária dos religiosos é um sinal da vida celeste e oferece a liberdade necessária para o culto e o apostolado, manifestando assim a realidade da Igreja, noiva de Cristo (cf. Mt 19,12). A pobreza voluntária abraçada para seguir a Cristo é vivida pelo religioso de diversas formas. Todavia, ela é entendida como participação na pobreza do Senhor, que se fez pobre para nos enriquecer. Os religiosos são chamados ao trabalho, a confiança na Providência divina e a terem um coração despojado de desejo de bens materiais (cf. Mt 6,24-26; 19,21) colocando tudo que tem para o enriquecimento de seus irmãos e da comunidade. Pela profissão da obediência, os religiosos oferecem a plena oblação da própria vontade como entrega de si mesmos a Deus, se unindo a Cristo, que veio para cumprir a vontade do Pai (cf. Jo 4,34; 5,30). A obediência é exercida no serviço aos superiores e aos irmãos, sob a moção do Espírito Divino, em prol do crescimento na vida de santidade.

 

As diversas formas da vida consagrada

A vida religiosa foi se desenvolvendo ao longo dos séculos de várias formas. A Lumen Gentium nº 43 compara este desenvolvimento como uma grande árvore frondosa que se ramifica cheia de frutos nos campos do Senhor. A vida consagrada pode ser dividida nas modalidades de vida solitária ou comum; de gênero masculino e feminino; e, de atividades de apostolado ou de vida contemplativa. Isto de tal forma que o Catecismo nos aponta vários ramos de consagração presentes na Igreja hoje: a vida eremítica, as virgens e viúvas consagradas, a vida monástica, os institutos seculares e as sociedades de vida apostólica. Comumente chamamos de irmão/irmã aquele/aquela que desempenham atividades de apostolado e de monge/monja aquele/aquela que vive sua consagração contemplativa.

 

Para aprofundar...

Para saber mais sobre o assunto, conferir os parágrafos 914–933 do CIC; o Compêndio do Catecismo, perguntas 192 e 193; o Youcat, pergunta 145; a Constituição Dogmática Lumen Gentium, capítulo VI; e, o Decreto Conciliar Perfectae Caritatis.

 

Padre Vitor Gino Finelon
Autor

Padre Vitor Gino Finelon

Professor das Escolas de Fé e Catequese Mater Ecclesiae e Luz e Vida