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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 10/05/2024

10 de Maio de 2024

Bíblia, revelação do amor de Deus

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Bíblia, revelação do amor de Deus

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01/09/2017 00:00

Bíblia, revelação do amor de Deus 0

01/09/2017 00:00

No Brasil, o mês de setembro é dedicado à reflexão sobre a Bíblia. Recordamos do importante trabalho realizado por São Jerônimo, cuja memória litúrgica encerra este mês (dia 30). São Jerônimo traduziu os textos hebraico e grego para o latim, dando origem assim à edição Vulgata (divulgada) da Bíblia.

Durante o mês de setembro, especialmente à luz da Conferência de Aparecida, nossas Igrejas da América Latina e do Caribe assumiu, como compromisso vital, a Animação Bíblica da Pastoral, para reabituar os fiéis a terem contato íntimo e constante com a Palavra de Deus. Contudo, este contato não se faz apenas tendo a Bíblia nas mãos. Rigorosamente, a Bíblia é apenas um livro impresso e encadernado, que se torna Palavra viva apenas se alguém o abre e toma contato íntimo com seu conteúdo, deixando-o impregnar a vida.

O lugar privilegiado do encontro com o Senhor por meio de Sua Palavra é a liturgia. É nela que ouvimos a voz do Senhor que nos fala de forma intensa, profunda, revelando-nos seu amor por meio de seu Filho Jesus Cristo, a Palavra que se fez carne. Mas não somente na liturgia podemos fazer experiência com o Senhor em Sua Palavra: também na leitura pessoal (daí o grande incentivo à Leitura Orante), e principalmente na leitura comunitária da mesma (como, por exemplo, nos Círculos Bíblicos), por meio da qual deixamos que a Palavra ilumine nossa vida.

Qual o perigo que corremos? Em primeiro lugar, de separar Palavra e Eucaristia. Infelizmente, ainda há cristãos que não conseguem perceber a íntima relação entre ambas, de tal forma que “as duas mesas” (como indicam os documentos da Igreja) nos alimentam, e que, sem uma delas, a outra não é capaz de comunicar toda a sua eficácia; depois, o risco de relegar a leitura da Palavra a alguns grupos e/ou pessoas com atividades pastorais específicas, como os Círculos Bíblicos, os Grupos de Oração, a Leitura Orante etc. Ora, a Bíblia foi escrita para alimentar a fé de todos, e não apenas de alguns.

O que o Documento de Aparecida nos recordou a este respeito? Que todas as nossas atividades pastorais – e por que não nossa vida pessoal? – sejam iluminadas pela Palavra de Deus. Assim, mesmo um grupo que vá distribuir alimentos aos pobres, quem visita os doentes, quem catequiza outro, quem escuta um irmão em um aconselhamento, quem medita o Santo Rosário, quem prepara e ministra palestras tenha sempre em consideração, antes de mais nada, a Palavra de Deus.

Alguns exemplos dessa riqueza podem ser retirados da própria redação dos livros litúrgicos. Por exemplo, o ritual de bênçãos inclui, em cada celebração, ao menos a leitura de um versículo bíblico, para ajudar os fiéis a entender que a bênção com a qual o Pai nos cumulou é seu próprio Filho (Ef 1,4), morto e ressuscitado por nós. Assim, somos abençoados pela Palavra de Deus (Jo 1,1), que é a comunicação plena de seu amor e de sua bondade; depois, nas comunidades onde não é possível a presença do padre, não se deixa de ter uma celebração onde se escuta a Palavra de Deus e se recebe a Comunhão Eucarística. Por fim, recomenda aos fiéis que jamais, na celebração da Eucaristia, se substituía os textos da Palavra de Deus por outros textos ou cantos, por mais belos que sejam.

Somos cristãos graças ao amor de Deus, que se revelou a nós e continua a falar conosco. Que este mês seja uma rica oportunidade de fazer uma bela experiência de Deus por meio da Bíblia!

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Bíblia, revelação do amor de Deus

01/09/2017 00:00

No Brasil, o mês de setembro é dedicado à reflexão sobre a Bíblia. Recordamos do importante trabalho realizado por São Jerônimo, cuja memória litúrgica encerra este mês (dia 30). São Jerônimo traduziu os textos hebraico e grego para o latim, dando origem assim à edição Vulgata (divulgada) da Bíblia.

Durante o mês de setembro, especialmente à luz da Conferência de Aparecida, nossas Igrejas da América Latina e do Caribe assumiu, como compromisso vital, a Animação Bíblica da Pastoral, para reabituar os fiéis a terem contato íntimo e constante com a Palavra de Deus. Contudo, este contato não se faz apenas tendo a Bíblia nas mãos. Rigorosamente, a Bíblia é apenas um livro impresso e encadernado, que se torna Palavra viva apenas se alguém o abre e toma contato íntimo com seu conteúdo, deixando-o impregnar a vida.

O lugar privilegiado do encontro com o Senhor por meio de Sua Palavra é a liturgia. É nela que ouvimos a voz do Senhor que nos fala de forma intensa, profunda, revelando-nos seu amor por meio de seu Filho Jesus Cristo, a Palavra que se fez carne. Mas não somente na liturgia podemos fazer experiência com o Senhor em Sua Palavra: também na leitura pessoal (daí o grande incentivo à Leitura Orante), e principalmente na leitura comunitária da mesma (como, por exemplo, nos Círculos Bíblicos), por meio da qual deixamos que a Palavra ilumine nossa vida.

Qual o perigo que corremos? Em primeiro lugar, de separar Palavra e Eucaristia. Infelizmente, ainda há cristãos que não conseguem perceber a íntima relação entre ambas, de tal forma que “as duas mesas” (como indicam os documentos da Igreja) nos alimentam, e que, sem uma delas, a outra não é capaz de comunicar toda a sua eficácia; depois, o risco de relegar a leitura da Palavra a alguns grupos e/ou pessoas com atividades pastorais específicas, como os Círculos Bíblicos, os Grupos de Oração, a Leitura Orante etc. Ora, a Bíblia foi escrita para alimentar a fé de todos, e não apenas de alguns.

O que o Documento de Aparecida nos recordou a este respeito? Que todas as nossas atividades pastorais – e por que não nossa vida pessoal? – sejam iluminadas pela Palavra de Deus. Assim, mesmo um grupo que vá distribuir alimentos aos pobres, quem visita os doentes, quem catequiza outro, quem escuta um irmão em um aconselhamento, quem medita o Santo Rosário, quem prepara e ministra palestras tenha sempre em consideração, antes de mais nada, a Palavra de Deus.

Alguns exemplos dessa riqueza podem ser retirados da própria redação dos livros litúrgicos. Por exemplo, o ritual de bênçãos inclui, em cada celebração, ao menos a leitura de um versículo bíblico, para ajudar os fiéis a entender que a bênção com a qual o Pai nos cumulou é seu próprio Filho (Ef 1,4), morto e ressuscitado por nós. Assim, somos abençoados pela Palavra de Deus (Jo 1,1), que é a comunicação plena de seu amor e de sua bondade; depois, nas comunidades onde não é possível a presença do padre, não se deixa de ter uma celebração onde se escuta a Palavra de Deus e se recebe a Comunhão Eucarística. Por fim, recomenda aos fiéis que jamais, na celebração da Eucaristia, se substituía os textos da Palavra de Deus por outros textos ou cantos, por mais belos que sejam.

Somos cristãos graças ao amor de Deus, que se revelou a nós e continua a falar conosco. Que este mês seja uma rica oportunidade de fazer uma bela experiência de Deus por meio da Bíblia!

Autor

Cristiano Holtz Peixoto

Editorialista do Jornal Testemunho de Fé