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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 10/05/2024

10 de Maio de 2024

Chamados ao Amor Maior

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04/08/2017 00:00

Chamados ao Amor Maior 0

04/08/2017 00:00

Agosto é conhecido pela Igreja no Brasil como o mês das vocações. Em cada semana, em torno da celebração do domingo, recordamos um dos tipos de vocação específica com que o Senhor enriqueceu a sua Igreja. Nesta primeira semana, lembramos da vocação ao serviço ministerial, ou seja, dos bispos, padres e diáconos.

Esta recordação na primeira semana se dá em virtude da memória de São João Maria Vianney, o padroeiro dos sacerdotes, no dia 4. Mas no dia 10 também celebramos a festa de São Lourenço, padroeiro dos diáconos. Assim, somos chamados a agradecer ao Senhor por todos aqueles que Ele escolheu e a quem confiou o cuidado de seu rebanho: em primeiro lugar, nossos bispos, que possuem a plenitude do sacerdócio; depois, os presbíteros, seus colaboradores diretos e os continuadores da missão do Cristo Sumo e Eterno Sacerdote; e também os diáconos, “ouvidos, boca e coração do bispo”, ministros da palavra, do altar e da caridade.

Os três graus que constituem o sacramento da Ordem configuram homens a Cristo, tornando-os, assim, chamados ao Amor Maior, que é a doação que o Senhor fez de si na Cruz. Há quem pense que o Amor Maior está ligado ao celibato. Ora, em primeiro lugar, se assim fosse, não poderíamos incluir os diáconos permanentes nesse aspecto, pois em geral são homens casados chamados pela Igreja ao ministério ordenado. Depois, é importante compreender que o celibato é consequência do amor derramado no coração dos homens que, ardendo de zelo, confiam sua fraqueza nas mãos do Senhor para encontra-lo naqueles a quem servem e apascentam.

Não se trata da negação do amor humano – pois, sem amor, ninguém pode viver no mundo –, mas da transformação do seu amor pelos outros em amor de Deus pelos irmãos. E, porque amam o Senhor, são chamados a apascentar o rebanho (cf. Jo 21,15-17). Seu compromisso, seu zelo, sua fidelidade, estão radicados no Amor Maior que deu a vida por todos (cf. Jo 15,13). É este amor que é dispensado pelas mãos dos bispos; celebrado pelos sacerdotes; proclamado e praticado pelos diáconos.

Por isso, quando são ordenados, os candidatos a qualquer grau do sacramento da Ordem não respondem somente “sim” às perguntas que lhe são feitas, mas respondem “Quero”. A resposta não é passiva, mas envolve a vida, a liberdade. E, como toda reta intenção tende a fraquejar, sua última resposta sempre é “Quero, com a graça de Deus”. “Dando a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21), os ordenados fazem-se instrumentos da graça, capazes de comunicar, com toda pobreza e vulnerabilidade, a incomensurável riqueza de Sua graça (cf. Ef 1,19).

Rezemos, hoje, por todos os ministros ordenados que conhecemos: a começar pelo nosso Pastor, Dom Orani, e por seus bispos auxiliares e eméritos, que tanto se dedicam à nossa Arquidiocese; rezemos pelos padres que atuam em nossas comunidades; rezemos pelos diáconos. E, especialmente, rezemos pelos ministros ordenados idosos, enfermos ou que passam por situações de crise ou dificuldades no seu ministério. Lembremo-nos deles com nossas orações e apoio. E não esqueçamos de recomendar ao Senhor aqueles que já partiram desta vida, para que “descansem de seus trabalhos, e que suas obras os acompanhem” (cf. Ap 14,13).

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Chamados ao Amor Maior

04/08/2017 00:00

Agosto é conhecido pela Igreja no Brasil como o mês das vocações. Em cada semana, em torno da celebração do domingo, recordamos um dos tipos de vocação específica com que o Senhor enriqueceu a sua Igreja. Nesta primeira semana, lembramos da vocação ao serviço ministerial, ou seja, dos bispos, padres e diáconos.

Esta recordação na primeira semana se dá em virtude da memória de São João Maria Vianney, o padroeiro dos sacerdotes, no dia 4. Mas no dia 10 também celebramos a festa de São Lourenço, padroeiro dos diáconos. Assim, somos chamados a agradecer ao Senhor por todos aqueles que Ele escolheu e a quem confiou o cuidado de seu rebanho: em primeiro lugar, nossos bispos, que possuem a plenitude do sacerdócio; depois, os presbíteros, seus colaboradores diretos e os continuadores da missão do Cristo Sumo e Eterno Sacerdote; e também os diáconos, “ouvidos, boca e coração do bispo”, ministros da palavra, do altar e da caridade.

Os três graus que constituem o sacramento da Ordem configuram homens a Cristo, tornando-os, assim, chamados ao Amor Maior, que é a doação que o Senhor fez de si na Cruz. Há quem pense que o Amor Maior está ligado ao celibato. Ora, em primeiro lugar, se assim fosse, não poderíamos incluir os diáconos permanentes nesse aspecto, pois em geral são homens casados chamados pela Igreja ao ministério ordenado. Depois, é importante compreender que o celibato é consequência do amor derramado no coração dos homens que, ardendo de zelo, confiam sua fraqueza nas mãos do Senhor para encontra-lo naqueles a quem servem e apascentam.

Não se trata da negação do amor humano – pois, sem amor, ninguém pode viver no mundo –, mas da transformação do seu amor pelos outros em amor de Deus pelos irmãos. E, porque amam o Senhor, são chamados a apascentar o rebanho (cf. Jo 21,15-17). Seu compromisso, seu zelo, sua fidelidade, estão radicados no Amor Maior que deu a vida por todos (cf. Jo 15,13). É este amor que é dispensado pelas mãos dos bispos; celebrado pelos sacerdotes; proclamado e praticado pelos diáconos.

Por isso, quando são ordenados, os candidatos a qualquer grau do sacramento da Ordem não respondem somente “sim” às perguntas que lhe são feitas, mas respondem “Quero”. A resposta não é passiva, mas envolve a vida, a liberdade. E, como toda reta intenção tende a fraquejar, sua última resposta sempre é “Quero, com a graça de Deus”. “Dando a Deus o que é de Deus” (Mt 22,21), os ordenados fazem-se instrumentos da graça, capazes de comunicar, com toda pobreza e vulnerabilidade, a incomensurável riqueza de Sua graça (cf. Ef 1,19).

Rezemos, hoje, por todos os ministros ordenados que conhecemos: a começar pelo nosso Pastor, Dom Orani, e por seus bispos auxiliares e eméritos, que tanto se dedicam à nossa Arquidiocese; rezemos pelos padres que atuam em nossas comunidades; rezemos pelos diáconos. E, especialmente, rezemos pelos ministros ordenados idosos, enfermos ou que passam por situações de crise ou dificuldades no seu ministério. Lembremo-nos deles com nossas orações e apoio. E não esqueçamos de recomendar ao Senhor aqueles que já partiram desta vida, para que “descansem de seus trabalhos, e que suas obras os acompanhem” (cf. Ap 14,13).

Autor

Cristiano Holtz Peixoto

Editorialista do Jornal Testemunho de Fé