10 de Maio de 2024
Separar o joio do trigo
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Em linguagem coloquial, é muito comum, ao falar sobre depurar a verdade, usamos a expressão “separar o joio do trigo”. Ela, certamente, vem do Evangelho proclamado na liturgia deste domingo (Mt 13,24-43). À parte o contexto bíblico, vamos nos deter somente sobre a expressão em si.
Nossa cidade tem vivido um tempo de imensos desafios, políticos, econômicos e sociais. Parece não ter fim a lista de problemas que vemos e dos quais participamos todos os dias, seja diretamente seja por meio das notícias. Parece, de fato, a cena evangélica: como aconteceu com o joio, vemos “problemas mil” em meio aos “encantos mil da Cidade Maravilhosa”…
Contudo, para quem tem fé, não existem problemas insolúveis. Em primeiro lugar, porque a fé é, segundo a Carta aos Hebreus, justamente a certeza sobrenatural, acima de qualquer evidência lógica (cf. Hb 11,1). Depois, porque, se não há solução, então não é um problema. E, se há solução, “tudo é possível àquele que crê” (Mc 9,23). Então, basta que procuremos as soluções viáveis, mesmo que pareçam impraticáveis.
Nesse sentido, é muito importante que os católicos saibam “separar o joio do trigo” em vários sentidos: na depuração das informações veiculadas pelos meios de comunicação; no aprofundamento do senso crítico diante dos fatos; no fortalecimento de uma perspectiva positiva diante da vida, não como ingênuos, mas como pessoas solidárias e proativas, que reagem como se agissem, ou seja, de forma ativa, e não passiva.
Vivemos, como Igreja, um mês especial para nossa Arquidiocese: algumas ações e eventos estão “mostrando a cara” do Rio de Janeiro de uma forma bem diferente daquela que vemos todos os dias nos noticiários: dos dias 13 ao 15, sediamos o II Congresso Internacional “Laudato Si’ & Grandes Sidades”, promovido pela Fundação Antoni Gaudi para as Grandes Cidades. Na ocasião, refletiu-se sobre temas centrais de preocupação e meios concretos de ação para uma ação pastoral que vise o cuidado com o planeta Terra, nossa casa comum; de 18 a 22, o XLI Congresso Internacional Pueri Cantores”, onde coros infantis de vários países estiveram presentes em nossa cidade, elevando-nos a partir da música, num grande clamor pela paz, pedido tão frequente em nossas orações pessoais e comunitárias; e ainda, de 17 a 21, a realização do 56º Curso de Canto Pastoral, tradicional em nossa Arquidiocese, uma ação de vanguarda iniciada muito próxima à realização do Concílio Vaticano II, que, desde seu início, tem como objetivo fomentar a formação dos que atuam no ministério musical em nossas paróquias e capelas.
Entre alegrias e dores, eis a vida da Igreja e da cidade do Rio de Janeiro, que tem suas belezas e suas chagas, seus problemas e suas alegrias, seu “joio” e seu “trigo”. É preciso separá-los, mas como? Observando a história e sabendo a hora certa de agir, como o próprio Senhor ensinou: “Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro” (Mt 13,29-30). Como na oração de São Francisco, aprendamos a dar as respostas certas aos problemas que vivemos, para que nada de bom, nenhum trigo, se perca, e para que mostremos sempre a todos os cariocas, nascidos aqui ou não, os “encantos mil” do Rio de Janeiro, cantados em verso e prosa pelos que conhecem e vivem nesta Cidade Maravilhosa.
Separar o joio do trigo
21/07/2017 00:00
Em linguagem coloquial, é muito comum, ao falar sobre depurar a verdade, usamos a expressão “separar o joio do trigo”. Ela, certamente, vem do Evangelho proclamado na liturgia deste domingo (Mt 13,24-43). À parte o contexto bíblico, vamos nos deter somente sobre a expressão em si.
Nossa cidade tem vivido um tempo de imensos desafios, políticos, econômicos e sociais. Parece não ter fim a lista de problemas que vemos e dos quais participamos todos os dias, seja diretamente seja por meio das notícias. Parece, de fato, a cena evangélica: como aconteceu com o joio, vemos “problemas mil” em meio aos “encantos mil da Cidade Maravilhosa”…
Contudo, para quem tem fé, não existem problemas insolúveis. Em primeiro lugar, porque a fé é, segundo a Carta aos Hebreus, justamente a certeza sobrenatural, acima de qualquer evidência lógica (cf. Hb 11,1). Depois, porque, se não há solução, então não é um problema. E, se há solução, “tudo é possível àquele que crê” (Mc 9,23). Então, basta que procuremos as soluções viáveis, mesmo que pareçam impraticáveis.
Nesse sentido, é muito importante que os católicos saibam “separar o joio do trigo” em vários sentidos: na depuração das informações veiculadas pelos meios de comunicação; no aprofundamento do senso crítico diante dos fatos; no fortalecimento de uma perspectiva positiva diante da vida, não como ingênuos, mas como pessoas solidárias e proativas, que reagem como se agissem, ou seja, de forma ativa, e não passiva.
Vivemos, como Igreja, um mês especial para nossa Arquidiocese: algumas ações e eventos estão “mostrando a cara” do Rio de Janeiro de uma forma bem diferente daquela que vemos todos os dias nos noticiários: dos dias 13 ao 15, sediamos o II Congresso Internacional “Laudato Si’ & Grandes Sidades”, promovido pela Fundação Antoni Gaudi para as Grandes Cidades. Na ocasião, refletiu-se sobre temas centrais de preocupação e meios concretos de ação para uma ação pastoral que vise o cuidado com o planeta Terra, nossa casa comum; de 18 a 22, o XLI Congresso Internacional Pueri Cantores”, onde coros infantis de vários países estiveram presentes em nossa cidade, elevando-nos a partir da música, num grande clamor pela paz, pedido tão frequente em nossas orações pessoais e comunitárias; e ainda, de 17 a 21, a realização do 56º Curso de Canto Pastoral, tradicional em nossa Arquidiocese, uma ação de vanguarda iniciada muito próxima à realização do Concílio Vaticano II, que, desde seu início, tem como objetivo fomentar a formação dos que atuam no ministério musical em nossas paróquias e capelas.
Entre alegrias e dores, eis a vida da Igreja e da cidade do Rio de Janeiro, que tem suas belezas e suas chagas, seus problemas e suas alegrias, seu “joio” e seu “trigo”. É preciso separá-los, mas como? Observando a história e sabendo a hora certa de agir, como o próprio Senhor ensinou: “Pode acontecer que, arrancando o joio, arranqueis também o trigo. Deixai crescer um e outro até a colheita! E, no tempo da colheita, direi aos que cortam o trigo: arrancai primeiro o joio e o amarrai em feixes para ser queimado! Recolhei, porém, o trigo no meu celeiro” (Mt 13,29-30). Como na oração de São Francisco, aprendamos a dar as respostas certas aos problemas que vivemos, para que nada de bom, nenhum trigo, se perca, e para que mostremos sempre a todos os cariocas, nascidos aqui ou não, os “encantos mil” do Rio de Janeiro, cantados em verso e prosa pelos que conhecem e vivem nesta Cidade Maravilhosa.
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