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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 09/05/2024

09 de Maio de 2024

Ele se revela aos pequenos

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Ele se revela aos pequenos

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08/07/2017 00:00 - Atualizado em 10/07/2017 16:07

Ele se revela aos pequenos 0

08/07/2017 00:00 - Atualizado em 10/07/2017 16:07

Estamos no XIV Domingo do Tempo Comum. A mensagem do Evangelho deste domingo é: “Eu sou manso e humilde de coração”. A liturgia também nos mostra que o Senhor se revela aos pequeninos.

Deus revela seus segredos aos pequenos! O Povo de Israel perdera sua independência e sua liberdade. Foi dominado pelos Persas e, depois, pelos Gregos. Enfim, era um povo explorado e esperava um Messias libertador. Mas o profeta anuncia um Messias humilde, justo e defensor dos pobres. O Rei humilde, que morre, que defende os pobres, é Jesus Cristo! Na Primeira Leitura (Zc 9,9-10) o Messias anunciado é um rei justo e humilde e vem sem aparato de poder militar, segundo o modelo dos reis que exploravam o Povo de Israel. A proposta de Deus é diferente: um rei humilde, pobre e amigo dos pobres! Este rei é tão diferente que não vem montado em cavalo, mas vem montado em um jumento. Isto é símbolo da humildade e simplicidade. O cavalo é símbolo da força e do poder, enquanto o jumento é símbolo da paz e da simplicidade. Vemos o Rei entrando em Jerusalém montado em um jumento.

A Segunda Leitura (Rm 8,9.11-13) nos diz que aquele que tem o Espírito Santo no coração entende a Palavra de Deus. Quem tem o Espírito pertence a Cristo e entende sua Palavra. Escutemos o Espírito e vivamos de acordo com Ele.

No Evangelho deste domingo (Mt 11, 25-30), Jesus, louva o Pai porque o segredo foi revelado, exatamente, aos pequenos! Digamos: “Eu te louvo, ó Pai, porque ocultastes estas coisas aos sábios e doutores e as revelastes aos pequeninos”! Somos todos chamados a ter um coração de criança.

“Diante de um convite de Jesus: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e Eu vos darei descanso, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11, 28-30). Ao lado de Cristo, todas as fatigas se tornam amáveis, tudo o que poderia ser custoso no cumprimento da vontade de Deus se suaviza. O Sacrifício, quando se está ao lado de Cristo, não é áspero e duro, mas amável. Ele assumiu as nossas dores e os nossos fardos mais pesados. O Evangelho é uma contínua prova da Sua preocupação por todos: “Ele deixou-nos por toda parte exemplos de misericórdia”, dizia São Gregório Magno, falando a respeito do Senhor.

Diante de Deus somos o que somos, nem mais nem menos, com qualidades e defeitos, com méritos e deméritos, gente boa com coisas não tão boas. É preciso ter bem claro tudo isso na própria vida para saber exigir os próprios direitos, cumprir os próprios deveres e dar a devida honra e glória de Deus. Devemos ter a consciência bem formada e saber que devemos sempre buscar a humildade. Quanto à mansidão, essa virá por meio da humildade. Nunca podemos perder de vista as nossas origens. É claro que também origem familiar, mas, origem de que somos “cidadãos do céu”, “somos filhos e herdeiros do céu”.

Peçamos ao Senhor que nos dê a graça de ter um coração semelhante ao Seu coração: humilde, amoroso, compassivo, orante, acolhedor. Senhor, dai-me um coração igual ao teu, meu Mestre. Coração para fazer o bem e ser o bem para aqueles que de mim mais precisam.

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08/07/2017 00:00 - Atualizado em 10/07/2017 16:07

Estamos no XIV Domingo do Tempo Comum. A mensagem do Evangelho deste domingo é: “Eu sou manso e humilde de coração”. A liturgia também nos mostra que o Senhor se revela aos pequeninos.

Deus revela seus segredos aos pequenos! O Povo de Israel perdera sua independência e sua liberdade. Foi dominado pelos Persas e, depois, pelos Gregos. Enfim, era um povo explorado e esperava um Messias libertador. Mas o profeta anuncia um Messias humilde, justo e defensor dos pobres. O Rei humilde, que morre, que defende os pobres, é Jesus Cristo! Na Primeira Leitura (Zc 9,9-10) o Messias anunciado é um rei justo e humilde e vem sem aparato de poder militar, segundo o modelo dos reis que exploravam o Povo de Israel. A proposta de Deus é diferente: um rei humilde, pobre e amigo dos pobres! Este rei é tão diferente que não vem montado em cavalo, mas vem montado em um jumento. Isto é símbolo da humildade e simplicidade. O cavalo é símbolo da força e do poder, enquanto o jumento é símbolo da paz e da simplicidade. Vemos o Rei entrando em Jerusalém montado em um jumento.

A Segunda Leitura (Rm 8,9.11-13) nos diz que aquele que tem o Espírito Santo no coração entende a Palavra de Deus. Quem tem o Espírito pertence a Cristo e entende sua Palavra. Escutemos o Espírito e vivamos de acordo com Ele.

No Evangelho deste domingo (Mt 11, 25-30), Jesus, louva o Pai porque o segredo foi revelado, exatamente, aos pequenos! Digamos: “Eu te louvo, ó Pai, porque ocultastes estas coisas aos sábios e doutores e as revelastes aos pequeninos”! Somos todos chamados a ter um coração de criança.

“Diante de um convite de Jesus: “Vinde a mim, todos vós que estais cansados e carregados de fardos, e Eu vos darei descanso, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve” (Mt 11, 28-30). Ao lado de Cristo, todas as fatigas se tornam amáveis, tudo o que poderia ser custoso no cumprimento da vontade de Deus se suaviza. O Sacrifício, quando se está ao lado de Cristo, não é áspero e duro, mas amável. Ele assumiu as nossas dores e os nossos fardos mais pesados. O Evangelho é uma contínua prova da Sua preocupação por todos: “Ele deixou-nos por toda parte exemplos de misericórdia”, dizia São Gregório Magno, falando a respeito do Senhor.

Diante de Deus somos o que somos, nem mais nem menos, com qualidades e defeitos, com méritos e deméritos, gente boa com coisas não tão boas. É preciso ter bem claro tudo isso na própria vida para saber exigir os próprios direitos, cumprir os próprios deveres e dar a devida honra e glória de Deus. Devemos ter a consciência bem formada e saber que devemos sempre buscar a humildade. Quanto à mansidão, essa virá por meio da humildade. Nunca podemos perder de vista as nossas origens. É claro que também origem familiar, mas, origem de que somos “cidadãos do céu”, “somos filhos e herdeiros do céu”.

Peçamos ao Senhor que nos dê a graça de ter um coração semelhante ao Seu coração: humilde, amoroso, compassivo, orante, acolhedor. Senhor, dai-me um coração igual ao teu, meu Mestre. Coração para fazer o bem e ser o bem para aqueles que de mim mais precisam.

Cardeal Orani João Tempesta
Autor

Cardeal Orani João Tempesta

Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro