Arquidiocese do Rio de Janeiro

29º 22º

Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 10/05/2024

10 de Maio de 2024

Dom da Eucaristia e Plano de Pastoral

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Dom da Eucaristia e Plano de Pastoral

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19/06/2017 12:14 - Atualizado em 19/06/2017 12:16

Dom da Eucaristia e Plano de Pastoral 0

19/06/2017 12:14 - Atualizado em 19/06/2017 12:16

A nossa querida arquidiocese celebrou entre os dias 8 a 14 de junho a 91ª Semana Eucarística na Igreja de Sant’Ana, com o tema: “Sois da Família de Deus” (Ef 2,19)! A semana preparou-nos para a celebração de Corpus Christi na quinta feira, dia 15 de junho, a grande manifestação de confiança e esperança que os católicos fazem pelas cidades, no clima de uma boa notícia que é anunciada.

A Matriz de Sant’Ana abriga a Obra da Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento desde 3 de maio de 1926. “Para valorizar mais esse grande acontecimento, esta grande celebração litúrgica que é Corpus Christi, fazemos uma semana de preparação. Ela vai da quinta-feira da semana anterior até a quarta-feira que antecede o Dia de Corpus Christi”.

São João Paulo II: “O Concílio Vaticano II veio recordar que a celebração eucarística está no centro do processo de crescimento da Igreja. De fato, depois de afirmar que ‘a Igreja, ou seja, o Reino de Cristo, já presente em mistério, cresce visivelmente no mundo pelo poder de Deus’, querendo de algum modo responder à questão sobre o modo como cresce, acrescenta: ‘Sempre que no altar se celebra o sacrifício da cruz, no qual Cristo, nossa Páscoa, foi imolado (1Cor 5, 7), realiza-se também a obra da nossa redenção.

A comum fração do Pão eucarístico estava ligada à comunhão na mesma doutrina dos apóstolos e exigia, como consequência, a partilha dos bens, de modo que, em qualquer tempo, uma comunidade que parta e reparta o Pão eucarístico, é necessário que coloque em comum talentos, ideias e bens, procurando suprir, o quanto possível, os mais fracos e carentes, como consequência da comunhão eucarística.

Este sacramento santíssimo exige a coerência de procurar construir sempre a vida de comunhão nos seus mais diversos aspectos: comunhão de pensamentos, comunhão de oração, comunhão de talentos, comunhão de bens. Eis algumas das lições e exigências da Eucaristia. Comungar no Altar e não comungar na vida seria uma mentira! Ora, como a comunhão é sempre ameaçada pelo pecado que gera o egoísmo, raiz de toda divisão, a Eucaristia vai nos dando a misteriosa força do Espírito de unidade e diversidade para que cresçamos nesta comunhão, que é a Igreja: “Nós vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo”. (Oração Eucarística II). 

O Concílio Vaticano II recordou o conceito de Eucaristia como sendo a fonte e o ápice da vida cristã, uma expressão muito rica de significados. Podemos dizer que dela tudo nos vem e é nela que tudo ganha consistência. É o canto do livro do Apocalipse, pois a Eucaristia é a própria presença consumada de todo o mistério cristão. Dom supremo que alimentou e continua a alimentar tantas vidas e a vida de tantos santos, sobretudo os mais ativos em nosso tempo e também nos tempos passados. Com esta reformulação do Concílio Vaticano II, podemos até dizer que toda a vida cristã, quando vivida em autenticidade e plenitude, é ela profundamente eucarística, pois, como bem nos lembrou o Papa São João Paulo II, “a Igreja vive na Eucaristia e através da Eucaristia”.

     A Eucaristia é o conteúdo máximo da Igreja, seu centro fundamental. Tudo d’Ele veio, tudo a Ele retorna como um cântico espiritual. Tudo n’Ele ganha consistência. E este laço de amor trinitário se mostrou visível na vida do Filho amado de Deus, a Verdadeira e Única Eucaristia do Pai.

“A Igreja recebeu a Eucaristia de Cristo, seu Senhor, como um dom, além de precioso, entre muitos outros, mas principalmente como o dom por excelência, porque dom d'Ele mesmo, da sua Pessoa na humanidade sagrada, e também da sua obra de salvação. Esta não fica circunscrita no passado, pois tudo o que Cristo é, tudo o que fez e sofreu por todos os homens, participa da eternidade divina, e assim transcende todos os tempos e em todos se torna presente” (retirado do site: http://www.vatican.va/holy_father/special_features/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_20030417_ecclesia_eucharistia_po.html. Confira: Encíclica “Ecclesia De Eucharistia” n. 11. Acesso em: 7/6/2017).

Ao celebrarmos a grande Festa Eucarística, queremos meditar sobre o tão grande significado e importância deste sacramento na vida da Igreja e dos fiéis. Para isso, nos preparamos para a celebração do Dia de Corpus Christi.

Plano de Pastoral 2017-2019

Trazendo a público nosso 12º Plano de Pastoral de Conjunto, recordo as experiências e desafios vivenciados durante o 11º PPC, quando pudemos sentir o pulsar do coração de nosso povo e ouvir os nossos colaboradores no governo pastoral. Foram etapas que contribuíram para traçar os caminhos pelos quais agora temos a satisfação de apontar os rumos futuros para a pastoral em nossa arquidiocese ao longo deste triênio. Contamos, também, com a intensa dedicação da nossa Coordenação de Pastoral e a colaboração dos nossos vicariatos. Faz-se, portanto, indispensável registrar aqui nossa gratidão a cada pessoa que ofereceu de seu tempo e trabalho a esta iniciativa, em espírito de unidade e serviço.

Realmente, a unidade é o nosso lema, ideal que fundamenta o anúncio da esperança nesta grande cidade, com os múltiplos contextos e situações que a compõe. A diversidade gera a inegável riqueza cultural que nos caracteriza mas, ao mesmo tempo, abriga graves desigualdades e injustiças, que nos impelem a agir. Este é o cenário sobre o qual construímos o 12º PPC, ou melhor, continuamos a construir, na medida em que sua aplicação segue o ritmo da vida eclesial.

Uma imensa graça da qual desfrutamos em 2017 é o Ano Mariano. Dedicado à comemoração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, ele é também abençoado pelos festejos de 100 anos da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima e, já tradicionalmente, inclui as comemorações mais que tricentenárias de Nossa Senhora da Penha da Basílica Santuário Mariano Arquidiocesano e, entre tantas outras celebrações marianas, também a do Círio, em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré em terras cariocas. Sempre a mesma Mãe a nos acompanhar desde as origens portuguesas até o abraço do norte ao sul do nosso país.

Este é também o Ano Arquidiocesano da Família, tempo no qual o modelo de Maria Santíssima serve de inspiração para as etapas do nosso PPC. Como Mãe das famílias, ela nos transmite sua experiência na Sagrada Família de Nazaré para o cuidado com as nossas famílias, tão ameaçadas pelas ideologias contrárias aos valores do Evangelho e pela grave crise política e econômica que nos atinge. Maria, como filha de Sião inserida na história de seu povo, é também referência para a vocação à santidade e missão de leigos e leigas, tema que vamos aprofundar ainda a partir deste ano. Em 2018 iremos viver o ano do cristão leigo e leiga como sal, luz e fermento no meio da sociedade para, finalmente, em 2019, aprofundarmos o tema das vocações à vida sacerdotal e religiosa, que encontram na entrega livre e total de Nossa Senhora o exemplo maior de acolhimento à vontade de Deus, mediante um ‘sim’ sem reservas.

Tendo em vista tantas perspectivas, confiamos a Virgem Maria nosso povo tão sofrido e todo planejamento que fizemos, esperando, através de suas mãos maternas, o auxílio divino que sustenta nossa fragilidade. E pedimos as preces e o envolvimento de nossos estimados diocesanos para o êxito na concretização deste plano. Ele é de todos nós, que formamos a Igreja no Rio de Janeiro.

 

Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

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19/06/2017 12:14 - Atualizado em 19/06/2017 12:16

A nossa querida arquidiocese celebrou entre os dias 8 a 14 de junho a 91ª Semana Eucarística na Igreja de Sant’Ana, com o tema: “Sois da Família de Deus” (Ef 2,19)! A semana preparou-nos para a celebração de Corpus Christi na quinta feira, dia 15 de junho, a grande manifestação de confiança e esperança que os católicos fazem pelas cidades, no clima de uma boa notícia que é anunciada.

A Matriz de Sant’Ana abriga a Obra da Adoração Perpétua do Santíssimo Sacramento desde 3 de maio de 1926. “Para valorizar mais esse grande acontecimento, esta grande celebração litúrgica que é Corpus Christi, fazemos uma semana de preparação. Ela vai da quinta-feira da semana anterior até a quarta-feira que antecede o Dia de Corpus Christi”.

São João Paulo II: “O Concílio Vaticano II veio recordar que a celebração eucarística está no centro do processo de crescimento da Igreja. De fato, depois de afirmar que ‘a Igreja, ou seja, o Reino de Cristo, já presente em mistério, cresce visivelmente no mundo pelo poder de Deus’, querendo de algum modo responder à questão sobre o modo como cresce, acrescenta: ‘Sempre que no altar se celebra o sacrifício da cruz, no qual Cristo, nossa Páscoa, foi imolado (1Cor 5, 7), realiza-se também a obra da nossa redenção.

A comum fração do Pão eucarístico estava ligada à comunhão na mesma doutrina dos apóstolos e exigia, como consequência, a partilha dos bens, de modo que, em qualquer tempo, uma comunidade que parta e reparta o Pão eucarístico, é necessário que coloque em comum talentos, ideias e bens, procurando suprir, o quanto possível, os mais fracos e carentes, como consequência da comunhão eucarística.

Este sacramento santíssimo exige a coerência de procurar construir sempre a vida de comunhão nos seus mais diversos aspectos: comunhão de pensamentos, comunhão de oração, comunhão de talentos, comunhão de bens. Eis algumas das lições e exigências da Eucaristia. Comungar no Altar e não comungar na vida seria uma mentira! Ora, como a comunhão é sempre ameaçada pelo pecado que gera o egoísmo, raiz de toda divisão, a Eucaristia vai nos dando a misteriosa força do Espírito de unidade e diversidade para que cresçamos nesta comunhão, que é a Igreja: “Nós vos suplicamos que, participando do Corpo e Sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo Espírito Santo num só corpo”. (Oração Eucarística II). 

O Concílio Vaticano II recordou o conceito de Eucaristia como sendo a fonte e o ápice da vida cristã, uma expressão muito rica de significados. Podemos dizer que dela tudo nos vem e é nela que tudo ganha consistência. É o canto do livro do Apocalipse, pois a Eucaristia é a própria presença consumada de todo o mistério cristão. Dom supremo que alimentou e continua a alimentar tantas vidas e a vida de tantos santos, sobretudo os mais ativos em nosso tempo e também nos tempos passados. Com esta reformulação do Concílio Vaticano II, podemos até dizer que toda a vida cristã, quando vivida em autenticidade e plenitude, é ela profundamente eucarística, pois, como bem nos lembrou o Papa São João Paulo II, “a Igreja vive na Eucaristia e através da Eucaristia”.

     A Eucaristia é o conteúdo máximo da Igreja, seu centro fundamental. Tudo d’Ele veio, tudo a Ele retorna como um cântico espiritual. Tudo n’Ele ganha consistência. E este laço de amor trinitário se mostrou visível na vida do Filho amado de Deus, a Verdadeira e Única Eucaristia do Pai.

“A Igreja recebeu a Eucaristia de Cristo, seu Senhor, como um dom, além de precioso, entre muitos outros, mas principalmente como o dom por excelência, porque dom d'Ele mesmo, da sua Pessoa na humanidade sagrada, e também da sua obra de salvação. Esta não fica circunscrita no passado, pois tudo o que Cristo é, tudo o que fez e sofreu por todos os homens, participa da eternidade divina, e assim transcende todos os tempos e em todos se torna presente” (retirado do site: http://www.vatican.va/holy_father/special_features/encyclicals/documents/hf_jp-ii_enc_20030417_ecclesia_eucharistia_po.html. Confira: Encíclica “Ecclesia De Eucharistia” n. 11. Acesso em: 7/6/2017).

Ao celebrarmos a grande Festa Eucarística, queremos meditar sobre o tão grande significado e importância deste sacramento na vida da Igreja e dos fiéis. Para isso, nos preparamos para a celebração do Dia de Corpus Christi.

Plano de Pastoral 2017-2019

Trazendo a público nosso 12º Plano de Pastoral de Conjunto, recordo as experiências e desafios vivenciados durante o 11º PPC, quando pudemos sentir o pulsar do coração de nosso povo e ouvir os nossos colaboradores no governo pastoral. Foram etapas que contribuíram para traçar os caminhos pelos quais agora temos a satisfação de apontar os rumos futuros para a pastoral em nossa arquidiocese ao longo deste triênio. Contamos, também, com a intensa dedicação da nossa Coordenação de Pastoral e a colaboração dos nossos vicariatos. Faz-se, portanto, indispensável registrar aqui nossa gratidão a cada pessoa que ofereceu de seu tempo e trabalho a esta iniciativa, em espírito de unidade e serviço.

Realmente, a unidade é o nosso lema, ideal que fundamenta o anúncio da esperança nesta grande cidade, com os múltiplos contextos e situações que a compõe. A diversidade gera a inegável riqueza cultural que nos caracteriza mas, ao mesmo tempo, abriga graves desigualdades e injustiças, que nos impelem a agir. Este é o cenário sobre o qual construímos o 12º PPC, ou melhor, continuamos a construir, na medida em que sua aplicação segue o ritmo da vida eclesial.

Uma imensa graça da qual desfrutamos em 2017 é o Ano Mariano. Dedicado à comemoração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida, ele é também abençoado pelos festejos de 100 anos da primeira aparição de Nossa Senhora de Fátima e, já tradicionalmente, inclui as comemorações mais que tricentenárias de Nossa Senhora da Penha da Basílica Santuário Mariano Arquidiocesano e, entre tantas outras celebrações marianas, também a do Círio, em homenagem a Nossa Senhora de Nazaré em terras cariocas. Sempre a mesma Mãe a nos acompanhar desde as origens portuguesas até o abraço do norte ao sul do nosso país.

Este é também o Ano Arquidiocesano da Família, tempo no qual o modelo de Maria Santíssima serve de inspiração para as etapas do nosso PPC. Como Mãe das famílias, ela nos transmite sua experiência na Sagrada Família de Nazaré para o cuidado com as nossas famílias, tão ameaçadas pelas ideologias contrárias aos valores do Evangelho e pela grave crise política e econômica que nos atinge. Maria, como filha de Sião inserida na história de seu povo, é também referência para a vocação à santidade e missão de leigos e leigas, tema que vamos aprofundar ainda a partir deste ano. Em 2018 iremos viver o ano do cristão leigo e leiga como sal, luz e fermento no meio da sociedade para, finalmente, em 2019, aprofundarmos o tema das vocações à vida sacerdotal e religiosa, que encontram na entrega livre e total de Nossa Senhora o exemplo maior de acolhimento à vontade de Deus, mediante um ‘sim’ sem reservas.

Tendo em vista tantas perspectivas, confiamos a Virgem Maria nosso povo tão sofrido e todo planejamento que fizemos, esperando, através de suas mãos maternas, o auxílio divino que sustenta nossa fragilidade. E pedimos as preces e o envolvimento de nossos estimados diocesanos para o êxito na concretização deste plano. Ele é de todos nós, que formamos a Igreja no Rio de Janeiro.

 

Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.

Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ

Cardeal Orani João Tempesta
Autor

Cardeal Orani João Tempesta

Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro