Arquidiocese do Rio de Janeiro

33º 25º

Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 02/02/2025

02 de Fevereiro de 2025

“O Sacramento da Confirmação”

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do e-mail.
E-mail enviado com sucesso.

02 de Fevereiro de 2025

“O Sacramento da Confirmação”

Se você encontrou erro neste texto ou nesta página, por favor preencha os campos abaixo. O link da página será enviado automaticamente a ArqRio.

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do erro.
Erro relatado com sucesso, obrigado.

20/09/2013 15:47 - Atualizado em 23/09/2013 16:08

“O Sacramento da Confirmação” 0

20/09/2013 15:47 - Atualizado em 23/09/2013 16:08

No conjunto dos Sacramentos, o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia constituem os Sacramentos de Iniciação, nos quais são lançados os fundamentos da vida Cristã: os fiéis nascem no Batismo, são fortalecidos na Confirmação e, depois, são nutridos na Eucaristia. Segundo o CIC, nº 1285, o Sacramento da Confirmação realiza uma vinculação mais perfeita do crismando com a Igreja, enriquecendo-o com uma força especial do Espírito Santo, e assim, transformando-o em verdadeira testemunha de Cristo, através de suas palavras e de suas obras. Vejamos agora as características deste sacramento.

 

O Espírito no Antigo Testamento

Podemos perceber, desde o Antigo Testamento, certos sinais que nos revelam a graça do Sacramento da Confirmação; alguns homens foram revestidos do Espírito de Deus para confirmar o caminhar do Povo: os juízes (Jz 6,34; 13,24; 14,6); os reis (1Sm 16,13) e os profetas (Jr 1,18; Is 9,21; Os 9,7). Além disto, em nome de Deus, os profetas começam a anunciar três coisas futuras: a vinda do “Ungido do Senhor” (Is 42,1-6; 61,1-4); o dom e a efusão do Espírito sobre o Povo de Israel (Is 59,21; Ez 36,27; Jr 31,31-34); e, a efusão do Espírito sobre toda raça e nação (Jl 3,1-3).

 

O Espírito no Novo Testamento

No Novo Testamento, vemos que a promessa do “Ungido” (em grego, Christós; em hebraico, Messiah) se cumpre em Jesus. Ele é concebido (Lc 1,25) e é guiado em seu ministério pelo Espírito (Lc 4,14). Além disto, Jesus promete aos seus discípulos o dom do Espírito (Lc 24,49; Jo 14,16-17; 15,26-27; 16,8-11). No dia de Pentecostes (At 2), se cumprem as duas promessas do AT e a promessa de Jesus: o Espírito Santo vem sobre os discípulos (a Igreja) para que ela testemunhe o Senhor no mundo.

 

A confirmação na Sagrada Escritura

Aqueles, então, que ouvindo o testemunho da pregação apostólica deixavam-se batizar, recebiam, também, pela imposição das mãos, o dom do Espírito Santo que leva a graça batismal à sua consumação (At 8,15-17; 19,5-6). Já, desde cedo, a este rito da imposição das mãos foi acrescido o da unção com o óleo. Isto para revelar mais precisamente que o cristão é um ungido com o Espírito divino (At 10,38). Assim, o rito vai entrando na vivencia eclesial (Tradição). O Papa Paulo VI afirma esta conexão entre a vivência das primeiras comunidades e a nossa no seguinte pronunciamento: “Com efeito, esta imposição das mãos foi acertadamente considerada pela tradição católica como a primitiva origem do sacramento da confirmação, o qual perpetua, de certo modo, na Igreja, a graça de Pentecostes”.

 

Os nomes do Sacramento

Ao longo do tempo, o Sacramento adquiriudois nomes para tentar significar sua eficácia na vida dos fieis. O nome “Crisma” está ligado com o rito da unção com o óleo, pois em grego “Chrísma” significa “ungir”.  O óleo, de oliveira e perfumado, é consagrado pelo bispo na manhã da quinta-feira santa na Catedral diante de todo presbitério.

O nome “Confirmação”, surgido no século V d.C., está ligado ao aspecto da consolidação da graça batismal, ou seja, a íntima união que existe entre os dois sacramentos. Além destes dois nomes principais podemos ver ainda outros como: Sacramento da perfeição; do fortalecimento; da plenitude do Espírito; do complemento; da consumação.

 

Os ritos da Confirmação

Duas ações se revestem de importância na celebração do Sacramento: a imposição das mãos e a unção com o óleo. A imposição das mãos é aquele mesmo gesto bíblico pedindo sobre o confirmando a efusão do Espírito Santo. A unção com óleo na fronte, enquanto se diz “Fulano, recebe por este sinal,o Espírito Santo, dom de Deus” confere a marca indelével deste sacramento. Após a unção, o confirmado dá e recebe o ósculo da paz, revelando a comunhão entre ele e o seu bispo (a sua Igreja). Deve-se, ainda, dizer que o ministro ordinário do sacramento da Confirmação é o Bispo.

 

O efeito da Confirmação

O efeito principal do sacramento é “a efusão especial do Espírito Santo, como foi outrora aos Apóstolos no dia de Pentecostes”. Assim sendo, uma vez recebida esta efusão, o cristão é marcado-selado eternamente como testemunha da Ressurreição do Senhor. A graça da confirmação faz a graça batismalcrescer e se enraizar mais: aumenta a vivencia da filiação divina; conforma ainda mais a vida do cristão à do Cristo; aumenta os dons do Espírito Santo; vincula mais a pessoa à Igreja; e, transforma o fiel em uma verdadeira testemunha de Cristo diante das realidades do mundo.

 

Para aprofundar...

Para saber mais sobre o assunto, conferir os parágrafos do CIC, nos 1285 até 1321; o Compêndio do Catecismo, da pergunta 265 até a 270; o Youcat, da pergunta 203 até a 207.

 

 

Pe. Vitor Gino Finelon

Professor das Escolas de Fé e Catequese

MaterEcclesiae e Luz e Vida

Leia os comentários

Deixe seu comentário

Resposta ao comentário de:

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do comentário.
Comentário enviado para aprovação.

“O Sacramento da Confirmação”

20/09/2013 15:47 - Atualizado em 23/09/2013 16:08

No conjunto dos Sacramentos, o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia constituem os Sacramentos de Iniciação, nos quais são lançados os fundamentos da vida Cristã: os fiéis nascem no Batismo, são fortalecidos na Confirmação e, depois, são nutridos na Eucaristia. Segundo o CIC, nº 1285, o Sacramento da Confirmação realiza uma vinculação mais perfeita do crismando com a Igreja, enriquecendo-o com uma força especial do Espírito Santo, e assim, transformando-o em verdadeira testemunha de Cristo, através de suas palavras e de suas obras. Vejamos agora as características deste sacramento.

 

O Espírito no Antigo Testamento

Podemos perceber, desde o Antigo Testamento, certos sinais que nos revelam a graça do Sacramento da Confirmação; alguns homens foram revestidos do Espírito de Deus para confirmar o caminhar do Povo: os juízes (Jz 6,34; 13,24; 14,6); os reis (1Sm 16,13) e os profetas (Jr 1,18; Is 9,21; Os 9,7). Além disto, em nome de Deus, os profetas começam a anunciar três coisas futuras: a vinda do “Ungido do Senhor” (Is 42,1-6; 61,1-4); o dom e a efusão do Espírito sobre o Povo de Israel (Is 59,21; Ez 36,27; Jr 31,31-34); e, a efusão do Espírito sobre toda raça e nação (Jl 3,1-3).

 

O Espírito no Novo Testamento

No Novo Testamento, vemos que a promessa do “Ungido” (em grego, Christós; em hebraico, Messiah) se cumpre em Jesus. Ele é concebido (Lc 1,25) e é guiado em seu ministério pelo Espírito (Lc 4,14). Além disto, Jesus promete aos seus discípulos o dom do Espírito (Lc 24,49; Jo 14,16-17; 15,26-27; 16,8-11). No dia de Pentecostes (At 2), se cumprem as duas promessas do AT e a promessa de Jesus: o Espírito Santo vem sobre os discípulos (a Igreja) para que ela testemunhe o Senhor no mundo.

 

A confirmação na Sagrada Escritura

Aqueles, então, que ouvindo o testemunho da pregação apostólica deixavam-se batizar, recebiam, também, pela imposição das mãos, o dom do Espírito Santo que leva a graça batismal à sua consumação (At 8,15-17; 19,5-6). Já, desde cedo, a este rito da imposição das mãos foi acrescido o da unção com o óleo. Isto para revelar mais precisamente que o cristão é um ungido com o Espírito divino (At 10,38). Assim, o rito vai entrando na vivencia eclesial (Tradição). O Papa Paulo VI afirma esta conexão entre a vivência das primeiras comunidades e a nossa no seguinte pronunciamento: “Com efeito, esta imposição das mãos foi acertadamente considerada pela tradição católica como a primitiva origem do sacramento da confirmação, o qual perpetua, de certo modo, na Igreja, a graça de Pentecostes”.

 

Os nomes do Sacramento

Ao longo do tempo, o Sacramento adquiriudois nomes para tentar significar sua eficácia na vida dos fieis. O nome “Crisma” está ligado com o rito da unção com o óleo, pois em grego “Chrísma” significa “ungir”.  O óleo, de oliveira e perfumado, é consagrado pelo bispo na manhã da quinta-feira santa na Catedral diante de todo presbitério.

O nome “Confirmação”, surgido no século V d.C., está ligado ao aspecto da consolidação da graça batismal, ou seja, a íntima união que existe entre os dois sacramentos. Além destes dois nomes principais podemos ver ainda outros como: Sacramento da perfeição; do fortalecimento; da plenitude do Espírito; do complemento; da consumação.

 

Os ritos da Confirmação

Duas ações se revestem de importância na celebração do Sacramento: a imposição das mãos e a unção com o óleo. A imposição das mãos é aquele mesmo gesto bíblico pedindo sobre o confirmando a efusão do Espírito Santo. A unção com óleo na fronte, enquanto se diz “Fulano, recebe por este sinal,o Espírito Santo, dom de Deus” confere a marca indelével deste sacramento. Após a unção, o confirmado dá e recebe o ósculo da paz, revelando a comunhão entre ele e o seu bispo (a sua Igreja). Deve-se, ainda, dizer que o ministro ordinário do sacramento da Confirmação é o Bispo.

 

O efeito da Confirmação

O efeito principal do sacramento é “a efusão especial do Espírito Santo, como foi outrora aos Apóstolos no dia de Pentecostes”. Assim sendo, uma vez recebida esta efusão, o cristão é marcado-selado eternamente como testemunha da Ressurreição do Senhor. A graça da confirmação faz a graça batismalcrescer e se enraizar mais: aumenta a vivencia da filiação divina; conforma ainda mais a vida do cristão à do Cristo; aumenta os dons do Espírito Santo; vincula mais a pessoa à Igreja; e, transforma o fiel em uma verdadeira testemunha de Cristo diante das realidades do mundo.

 

Para aprofundar...

Para saber mais sobre o assunto, conferir os parágrafos do CIC, nos 1285 até 1321; o Compêndio do Catecismo, da pergunta 265 até a 270; o Youcat, da pergunta 203 até a 207.

 

 

Pe. Vitor Gino Finelon

Professor das Escolas de Fé e Catequese

MaterEcclesiae e Luz e Vida

Padre Vitor Gino Finelon
Autor

Padre Vitor Gino Finelon

Professor das Escolas de Fé e Catequese Mater Ecclesiae e Luz e Vida