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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 17/05/2024

17 de Maio de 2024

“O Sacramento do Batismo”

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“O Sacramento do Batismo”

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20/09/2013 15:46 - Atualizado em 23/09/2013 16:06

“O Sacramento do Batismo” 0

20/09/2013 15:46 - Atualizado em 23/09/2013 16:06

Segundo o CIC, nº 1116, os sacramentos são “forças que saem” do Corpo de Cristo, são ações do Espírito Santo operante na Igreja e são as “obras-primas de Deus” na Nova e Eterna Aliança. Eles são celebrados para o louvor de Deus, para a santificação dos homens e para a edificação da Igreja. “O Batismo é o fundamento da vida cristã, a porta da vida no Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos” (Cf. CIC 1213).

 

O que significa o termo Batismo?

O termo batismo é de origem grega (baptisma) e significa “mergulho”, “banho”. Como o ato de mergulhar ou de aspergir a pessoa com a água é parte essencial do rito, desde o início o sacramento foi chamado assim. Todavia, outros nomes foram atribuídos a ele, tais como: banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo; iluminação, dom, selo... Cada um destes nomes revela uma particularidade da experiência batismal.

 

O Batismo na Sagrada Escritura

Se formos procurar na Sagrada Escritura, veremos uma série de textos que nos falam do Batismo. Os mais importantes, sem dúvida, são aqueles onde o Senhor envia seus discípulos para ensinar a fé e batizar aqueles que crerem (Cf. Mt 28,19; Mc 16,15-16). Em obediência ao mandato de Jesus Ressuscitado, a Igreja começa a ministrar o Batismo já após o evento de Pentecostes (At 2,38). A partir dos relatos da Bíblia, podemos conhecer o significado deste rito na Igreja Primitiva: era um sinal de conversão (At 2,38); de aceitação da Palavra de Deus (At 8,12); de uma intervenção divina na vida do fiel, fazendo-o renascer (Tt 3,4-5); do cumprimento das promessas do AT (1Pd 3,21); da entrada na Igreja, na comunidade dos discípulos de Jesus (Gl 3,27); da salvação e da entrada no Reino de Deus (Jo3,5). Contudo, o significado mais pleno do Batismo é que, por meio dele, se participa do Mistério Pascal de Cristo (Rm 6,3-4).

 

A graça do Batismo

O CIC enumera pelo menos cinco efeitos da graça batismal:

A primeira grande graça batismal é o perdão dos pecados, pois através dos sacramentos somos regenerados do pecado original (contraído e não praticado) e dos pecados pessoais (atos deliberados contra o amor de Deus). Com este perdão efetuado, nossa união com Deus se torna possível.

A segunda grande graça é se tornar uma nova criatura, pois pelo Batismo, nos tornamos “filhos adotivos”, “participantes da natureza divina”, “membros de Cristo”, “co-herdeiros com Ele” e “Templos do Espírito Santo”. Tornar-se uma criatura nova significa entrar em comunhão com Deus Uno Trino: O Pai de Jesus se torna nosso Pai; Jesus se torna nosso Irmão, Senhor e Salvador; e, o Espírito se torna nosso mestre interior. A nova criatura em Cristo é chamada a viver uma vocação no mundo.

A terceira grande graça é a incorporação na Igreja. Pelo Batismo, nos tornamos membros do Corpo de Cristo, participando de seu tríplice múnus sacerdotal, proféticoe real. Cada batizado é chamado a oferecer culto de adoração a Deus com sua vida; a proclamar e testemunhar a Palavra de Deus no seu modo de viver e a vencer todas as experiências de pecado que se lhe apresentam.

A quarta grande graça é a participação na unidade dos cristãos. Através do Batismo, os cristãos (de todas as denominações onde o batismo é validamente celebrado) encontram-se unidos. Ainda que esta união não seja perfeita, ela já apresenta um grande passo para a prática do Ecumenismo: as orações, a leitura e o estudo da Palavra de Deus e da Tradição comum, o diálogo, a prática da caridade, as ações pastorais, o testemunho de vida e tantas outras ações...

A quinta graça do Batismo é seu caráter indelével, ou seja, uma vez marcado/selado, o cristão é incorporado em Cristo e nada pode apagar esta marca/selo. Por isso, o Batismo só pode ser celebrado uma única vez durante toda a vida. Não existe “re-batismo”, uma vez celebrado validamente a pessoa pertence ao Corpo de Cristo, a Igreja.

 

A liturgia Batismal

A Liturgia batismal é rica em símbolos que manifestam a riqueza da fé da Igreja na ação salvífica que está sendo celebrada naquele momento. É uma tristeza quando não se pode haurir deste caro patrimônio litúrgico em função de uma visão mágico-supersticiosa do sacramento. Segundo o CIC, nº1239, “o rito essencial do sacramento: o Batismo propriamente dito, que significa e realiza a morte ao pecado e a entrada na vida da Santíssima Trindade por meio da configuração ao Mistério Pascal de Cristo. Ele é realizado de maneira mais significativa pela tríplice imersão na água batismal. Mas, desde a antiguidade ele pode também ser conferido derramando-se, por três vezes, a água sobre a cabeça do candidato”. De fato, o essencial da liturgia batismal é o tríplice banho ou aspersão acompanhado pela fórmula “N..., eu te batizo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”.

 

Para aprofundar...

Para saber mais sobre o assunto, conferir os parágrafos do CIC, nos 1213 até 1284; o Compêndio do Catecismo, pergunta 252 à 264 ; o Youcat, da pergunta 194 até a 202; e, a SacrosanctumConcilium,  do nº 65 até 70.

 

 

Pe. Vitor Gino Finelon

Professor das Escolas de Fé e Catequese

MaterEcclesiae e Luz e Vida

 

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“O Sacramento do Batismo”

20/09/2013 15:46 - Atualizado em 23/09/2013 16:06

Segundo o CIC, nº 1116, os sacramentos são “forças que saem” do Corpo de Cristo, são ações do Espírito Santo operante na Igreja e são as “obras-primas de Deus” na Nova e Eterna Aliança. Eles são celebrados para o louvor de Deus, para a santificação dos homens e para a edificação da Igreja. “O Batismo é o fundamento da vida cristã, a porta da vida no Espírito e a porta que abre o acesso aos demais sacramentos” (Cf. CIC 1213).

 

O que significa o termo Batismo?

O termo batismo é de origem grega (baptisma) e significa “mergulho”, “banho”. Como o ato de mergulhar ou de aspergir a pessoa com a água é parte essencial do rito, desde o início o sacramento foi chamado assim. Todavia, outros nomes foram atribuídos a ele, tais como: banho da regeneração e da renovação no Espírito Santo; iluminação, dom, selo... Cada um destes nomes revela uma particularidade da experiência batismal.

 

O Batismo na Sagrada Escritura

Se formos procurar na Sagrada Escritura, veremos uma série de textos que nos falam do Batismo. Os mais importantes, sem dúvida, são aqueles onde o Senhor envia seus discípulos para ensinar a fé e batizar aqueles que crerem (Cf. Mt 28,19; Mc 16,15-16). Em obediência ao mandato de Jesus Ressuscitado, a Igreja começa a ministrar o Batismo já após o evento de Pentecostes (At 2,38). A partir dos relatos da Bíblia, podemos conhecer o significado deste rito na Igreja Primitiva: era um sinal de conversão (At 2,38); de aceitação da Palavra de Deus (At 8,12); de uma intervenção divina na vida do fiel, fazendo-o renascer (Tt 3,4-5); do cumprimento das promessas do AT (1Pd 3,21); da entrada na Igreja, na comunidade dos discípulos de Jesus (Gl 3,27); da salvação e da entrada no Reino de Deus (Jo3,5). Contudo, o significado mais pleno do Batismo é que, por meio dele, se participa do Mistério Pascal de Cristo (Rm 6,3-4).

 

A graça do Batismo

O CIC enumera pelo menos cinco efeitos da graça batismal:

A primeira grande graça batismal é o perdão dos pecados, pois através dos sacramentos somos regenerados do pecado original (contraído e não praticado) e dos pecados pessoais (atos deliberados contra o amor de Deus). Com este perdão efetuado, nossa união com Deus se torna possível.

A segunda grande graça é se tornar uma nova criatura, pois pelo Batismo, nos tornamos “filhos adotivos”, “participantes da natureza divina”, “membros de Cristo”, “co-herdeiros com Ele” e “Templos do Espírito Santo”. Tornar-se uma criatura nova significa entrar em comunhão com Deus Uno Trino: O Pai de Jesus se torna nosso Pai; Jesus se torna nosso Irmão, Senhor e Salvador; e, o Espírito se torna nosso mestre interior. A nova criatura em Cristo é chamada a viver uma vocação no mundo.

A terceira grande graça é a incorporação na Igreja. Pelo Batismo, nos tornamos membros do Corpo de Cristo, participando de seu tríplice múnus sacerdotal, proféticoe real. Cada batizado é chamado a oferecer culto de adoração a Deus com sua vida; a proclamar e testemunhar a Palavra de Deus no seu modo de viver e a vencer todas as experiências de pecado que se lhe apresentam.

A quarta grande graça é a participação na unidade dos cristãos. Através do Batismo, os cristãos (de todas as denominações onde o batismo é validamente celebrado) encontram-se unidos. Ainda que esta união não seja perfeita, ela já apresenta um grande passo para a prática do Ecumenismo: as orações, a leitura e o estudo da Palavra de Deus e da Tradição comum, o diálogo, a prática da caridade, as ações pastorais, o testemunho de vida e tantas outras ações...

A quinta graça do Batismo é seu caráter indelével, ou seja, uma vez marcado/selado, o cristão é incorporado em Cristo e nada pode apagar esta marca/selo. Por isso, o Batismo só pode ser celebrado uma única vez durante toda a vida. Não existe “re-batismo”, uma vez celebrado validamente a pessoa pertence ao Corpo de Cristo, a Igreja.

 

A liturgia Batismal

A Liturgia batismal é rica em símbolos que manifestam a riqueza da fé da Igreja na ação salvífica que está sendo celebrada naquele momento. É uma tristeza quando não se pode haurir deste caro patrimônio litúrgico em função de uma visão mágico-supersticiosa do sacramento. Segundo o CIC, nº1239, “o rito essencial do sacramento: o Batismo propriamente dito, que significa e realiza a morte ao pecado e a entrada na vida da Santíssima Trindade por meio da configuração ao Mistério Pascal de Cristo. Ele é realizado de maneira mais significativa pela tríplice imersão na água batismal. Mas, desde a antiguidade ele pode também ser conferido derramando-se, por três vezes, a água sobre a cabeça do candidato”. De fato, o essencial da liturgia batismal é o tríplice banho ou aspersão acompanhado pela fórmula “N..., eu te batizo em nome do Pai, e do Filho e do Espírito Santo”.

 

Para aprofundar...

Para saber mais sobre o assunto, conferir os parágrafos do CIC, nos 1213 até 1284; o Compêndio do Catecismo, pergunta 252 à 264 ; o Youcat, da pergunta 194 até a 202; e, a SacrosanctumConcilium,  do nº 65 até 70.

 

 

Pe. Vitor Gino Finelon

Professor das Escolas de Fé e Catequese

MaterEcclesiae e Luz e Vida

 

Padre Vitor Gino Finelon
Autor

Padre Vitor Gino Finelon

Professor das Escolas de Fé e Catequese Mater Ecclesiae e Luz e Vida