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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 09/05/2024

09 de Maio de 2024

Páscoa, vida nova e esperança!

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Páscoa, vida nova e esperança!

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16/04/2017 00:00 - Atualizado em 17/04/2017 13:47

Páscoa, vida nova e esperança! 0

16/04/2017 00:00 - Atualizado em 17/04/2017 13:47

Chegamos à maior solenidade da Igreja, que é a Páscoa do Senhor Jesus. Com ela fazemos renovados votos de vida nova e esperança de tempos melhores a todos os leitores e amigos, especialmente àqueles mais necessitados no plano espiritual e/ou físico. A cada um acompanhamos com nossas orações diárias.

É a Páscoa de Cristo, muito importante por ser a base do Cristianismo, conforme se lê na fala de São Paulo, em 1 Coríntios 15,13.17: “Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, ilusória é a vossa fé; ainda estais no vosso pecado”.

O testemunho mais grandioso e original da fé das primeiras comunidades cristãs na ressurreição de Cristo está em 1 Coríntios 15,3-8: “Transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo recebi: Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas, e depois aos Doze. Em seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, a maioria dos quais ainda vive, enquanto alguns já adormeceram. Posteriormente apareceu a Tiago e, depois, a todos os apóstolos. Em último lugar, apareceu também a mim como a um abortivo”.

Notemos que Paulo escreveu esta mensagem por volta do ano 56, ou seja, pouco mais de 20 anos apenas após a ressurreição do Senhor Jesus. Ele redigiu o que antes – nos anos 51-52, muito provavelmente – já tinha pregado de viva voz ao povo de Corinto, conforme recebera da Igreja nascente. (Cf. 1 Coríntios 15,1-2.3-4).

Portanto, logo nos primeiros tempos após a Ascensão do Senhor ao céu, há entre os fiéis a crença firme na ressurreição corporal de Cristo que pode ser provada, inclusive com testemunhos diversos (mais de 500 pessoas).

Tudo isso, irmão e irmã, não é uma recordação saudosa de um passado longínquo, mas, sim, o reviver litúrgico de uma grande verdade: o bem venceu o mal. No Antigo Testamento, a Páscoa celebra a passagem da escravidão dos israelitas, no Egito, à liberdade em Deus. No Novo Testamento, temos a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. É a grande passagem para a verdadeira vida. Com tal vitória, Jesus quer nos ensinar: como eu venci, vocês, por mais dificuldades que atravessem, também vencerão.

Certo é que a caminhada neste mundo, rumo à Páscoa definitiva, por vezes parece dolorosa no campo pessoal, familiar ou sociopolítico e isso leva não poucas mulheres e homens ao desânimo ou mesmo ao brado: “Os tempos são maus, são ingratos”. Diante desse quadro, Agostinho de Hipona, grande santo da era antiga, nos ensina algo de muito valioso: somos nós que fazemos os tempos; se formos maus, eles serão maus; se formos bons, também eles o serão e, em consequência, a vida, não obstante a todos os problemas, terá um enfoque novo, animado e feliz, porque certo da vitória final.

Neste espírito cristão, que não ama o sofrimento nem o renega, mas o enfrenta com galhardia em Cristo Jesus, o grande Vencedor, desejo a todos uma feliz e santa Páscoa.

 

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Páscoa, vida nova e esperança!

16/04/2017 00:00 - Atualizado em 17/04/2017 13:47

Chegamos à maior solenidade da Igreja, que é a Páscoa do Senhor Jesus. Com ela fazemos renovados votos de vida nova e esperança de tempos melhores a todos os leitores e amigos, especialmente àqueles mais necessitados no plano espiritual e/ou físico. A cada um acompanhamos com nossas orações diárias.

É a Páscoa de Cristo, muito importante por ser a base do Cristianismo, conforme se lê na fala de São Paulo, em 1 Coríntios 15,13.17: “Se não há ressurreição dos mortos, também Cristo não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, ilusória é a vossa fé; ainda estais no vosso pecado”.

O testemunho mais grandioso e original da fé das primeiras comunidades cristãs na ressurreição de Cristo está em 1 Coríntios 15,3-8: “Transmiti-vos, em primeiro lugar, aquilo que eu mesmo recebi: Cristo morreu por nossos pecados, segundo as Escrituras. Foi sepultado, ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. Apareceu a Cefas, e depois aos Doze. Em seguida, apareceu a mais de quinhentos irmãos de uma vez, a maioria dos quais ainda vive, enquanto alguns já adormeceram. Posteriormente apareceu a Tiago e, depois, a todos os apóstolos. Em último lugar, apareceu também a mim como a um abortivo”.

Notemos que Paulo escreveu esta mensagem por volta do ano 56, ou seja, pouco mais de 20 anos apenas após a ressurreição do Senhor Jesus. Ele redigiu o que antes – nos anos 51-52, muito provavelmente – já tinha pregado de viva voz ao povo de Corinto, conforme recebera da Igreja nascente. (Cf. 1 Coríntios 15,1-2.3-4).

Portanto, logo nos primeiros tempos após a Ascensão do Senhor ao céu, há entre os fiéis a crença firme na ressurreição corporal de Cristo que pode ser provada, inclusive com testemunhos diversos (mais de 500 pessoas).

Tudo isso, irmão e irmã, não é uma recordação saudosa de um passado longínquo, mas, sim, o reviver litúrgico de uma grande verdade: o bem venceu o mal. No Antigo Testamento, a Páscoa celebra a passagem da escravidão dos israelitas, no Egito, à liberdade em Deus. No Novo Testamento, temos a vitória de Cristo sobre o pecado e a morte. É a grande passagem para a verdadeira vida. Com tal vitória, Jesus quer nos ensinar: como eu venci, vocês, por mais dificuldades que atravessem, também vencerão.

Certo é que a caminhada neste mundo, rumo à Páscoa definitiva, por vezes parece dolorosa no campo pessoal, familiar ou sociopolítico e isso leva não poucas mulheres e homens ao desânimo ou mesmo ao brado: “Os tempos são maus, são ingratos”. Diante desse quadro, Agostinho de Hipona, grande santo da era antiga, nos ensina algo de muito valioso: somos nós que fazemos os tempos; se formos maus, eles serão maus; se formos bons, também eles o serão e, em consequência, a vida, não obstante a todos os problemas, terá um enfoque novo, animado e feliz, porque certo da vitória final.

Neste espírito cristão, que não ama o sofrimento nem o renega, mas o enfrenta com galhardia em Cristo Jesus, o grande Vencedor, desejo a todos uma feliz e santa Páscoa.

 

Cardeal Orani João Tempesta
Autor

Cardeal Orani João Tempesta

Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro