Arquidiocese do Rio de Janeiro

29º 22º

Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 09/05/2024

09 de Maio de 2024

Dedicação da Basílica de São Pedro e São Paulo

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do e-mail.
E-mail enviado com sucesso.

09 de Maio de 2024

Dedicação da Basílica de São Pedro e São Paulo

Se você encontrou erro neste texto ou nesta página, por favor preencha os campos abaixo. O link da página será enviado automaticamente a ArqRio.

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do erro.
Erro relatado com sucesso, obrigado.

17/11/2016 10:15 - Atualizado em 17/11/2016 10:17

Dedicação da Basílica de São Pedro e São Paulo 0

17/11/2016 10:15 - Atualizado em 17/11/2016 10:17

Tradicionalmente uma basílica é uma estrutura arquitetônica de origem romana que antigamente tinha uma função econômica e jurídica. O seu nome provém do termo latino “basilica”, que, por sua vez, deriva do grego “βασιλική” (foneticamente, “basiliké”), palavra que significa “régia” ou “real” e que é uma elipse da expressão completa “basiliké oikía”, que significa “casa real”. 

Esse tipo de edifício servia originalmente para as transações comerciais a grande escala e, ao mesmo tempo, era como uma espécie de juizado. Sua origem se encontra na época da República de Roma (entre os anos 509 e 27 a.C.).  Com o passar do tempo, foram sendo acrescentadas diversas mudanças estruturais, que se tornaram canônicas. Será a planta adotada pelos edifícios religiosos cristãos da época paleocristã. 

A “planta basilical”, em geral, era formada por uma nave central maior que as laterais, tanto na largura quanto na altura. Composta por 3 ou 5 naves, na central podem abrir-se galerias de janelas. O teto costumava ser plano e de madeira, até que, em uma posterior evolução, foi construído de pedra.  Ao longo do tempo, os dois lados curtos se modificaram e foi acrescentada uma êxedra semicircular a um dos lados. Na época de Trajano, esta modificação foi feita dos dois lados, como no caso da Basílica Ulpia (96 d.C.). 

Este tipo de estrutura foi aproveitado pelo imperador Constantino como modelo para os primeiros centros de culto cristãos, que ele mesmo fundou (São Pedro, do Vaticano, e São João de Latrão, em Roma), e assim permaneceu até a atualidade.  Isso se deve especialmente ao caráter de assembleia da liturgia cristã e ao fato de que este tipo de espaço permite acolher grande quantidade de pessoas, estabelecendo a hierarquia que lhe corresponde, com os fiéis distribuídos na nave (ou nas naves) e quem preside a cerimônia, no presbitério.

A disposição arquitetônica que deu nome às basílicas hoje são muito diferentes e adaptadas aos tempos e à funções. Por isso temos muitas basílicas que não seguem esse modelo de construção e o são por sua importância na história local ou regional.

No dia 18 de novembro, nós celebramos a Dedicação da Basílica de São Pedro e São Paulo. No pontificado do Papa Júlio II decidiu-se derrubar a anterior igreja de São Pedro. Em 18 de abril de 1506, Bramante recebeu o encargo de desenhar uma nova igreja. “O arquiteto Bramante desenhou um edifício centralmente planificado, com um domo colocado sobre o centro de uma cruz grega, com braços de idêntico tamanho, forma que correspondia aos ideais da Renascença. Os anos foram passando. Bramante foi sucedido por Rafael, Fra Giocondo, Giuliano da Sangallo, Baldassare Peruzzi, Antonio da Sangallo. O Papa Paulo III, em 1546, entregou a direção dos trabalhos a Michelangelo. Este, já com 72 anos, ficou fascinado com o domo, concentrando nele seus esforços, mas não conseguiu completá-lo antes de sua morte, em 1564. Vignoli, Pirro Ligorio, Giacomo della Porta continuaram os trabalhos na basílica”. (Consulta: http://blog.cancaonova.com/padreluizinho/2008/11/18/dedicacao-da-basilica-de-sao-pedro-e-sao-paulo/ Último acesso em: 13/11/2016).

Em 1629, Bernini começou a construir as torres sineiras na fachada, que ruíram por deficiências estruturais. Trinta anos mais tarde, Bernini redesenhou a Praça de São Pedro, mudando alguns aspectos do domo de Michelangelo e, sobretudo, unificando todos os edifícios em um conjunto harmonioso. Os trabalhos terminaram quando se acrescentou uma sacristia, sob o pontificado de Pio VI (1775-1799). A Basílica de São Pedro é a maior de todos os templos da Igreja Católica. Ela cobre área de 23000 m² e comporta mais de 60 mil pessoas.

Já a Basílica de São Paulo, “a grande Igreja de São Paulo Extramuros, foi construída principalmente pelo imperador Teodósio I e o Papa São Leão Magno. Em 1823 foi consumida por um incêndio. Reconstruiu-se, fazendo uma imitação da anterior, e foi consagrada pelo Papa Pio IX em 10 de dezembro de 1854, mas a data de sua comemoração se celebra neste dia, como o faz notar o Martirologio”. (Retirado do site: http://www.acidigital.com/santos/santo.php?n=171/ último acesso em: 13/11/2016).

Em Roma, aonde iremos participar do Consistório público de criação de novos irmãos padres Cardeais da Santa Igreja Romana, ao celebrarmos a Dedicação de São Pedro e São Paulo, queremos renovar a nossa fé sobre estas duas grandes colunas da Igreja. Assim como eles testemunharam e deram sua vida por Deus. Queremos também entregar a nossa vida ao serviço a Deus e ao próximo.


Leia os comentários

Deixe seu comentário

Resposta ao comentário de:

Enviando...
Por favor, preencha os campos adequadamente.
Ocorreu um erro no envio do comentário.
Comentário enviado para aprovação.

Dedicação da Basílica de São Pedro e São Paulo

17/11/2016 10:15 - Atualizado em 17/11/2016 10:17

Tradicionalmente uma basílica é uma estrutura arquitetônica de origem romana que antigamente tinha uma função econômica e jurídica. O seu nome provém do termo latino “basilica”, que, por sua vez, deriva do grego “βασιλική” (foneticamente, “basiliké”), palavra que significa “régia” ou “real” e que é uma elipse da expressão completa “basiliké oikía”, que significa “casa real”. 

Esse tipo de edifício servia originalmente para as transações comerciais a grande escala e, ao mesmo tempo, era como uma espécie de juizado. Sua origem se encontra na época da República de Roma (entre os anos 509 e 27 a.C.).  Com o passar do tempo, foram sendo acrescentadas diversas mudanças estruturais, que se tornaram canônicas. Será a planta adotada pelos edifícios religiosos cristãos da época paleocristã. 

A “planta basilical”, em geral, era formada por uma nave central maior que as laterais, tanto na largura quanto na altura. Composta por 3 ou 5 naves, na central podem abrir-se galerias de janelas. O teto costumava ser plano e de madeira, até que, em uma posterior evolução, foi construído de pedra.  Ao longo do tempo, os dois lados curtos se modificaram e foi acrescentada uma êxedra semicircular a um dos lados. Na época de Trajano, esta modificação foi feita dos dois lados, como no caso da Basílica Ulpia (96 d.C.). 

Este tipo de estrutura foi aproveitado pelo imperador Constantino como modelo para os primeiros centros de culto cristãos, que ele mesmo fundou (São Pedro, do Vaticano, e São João de Latrão, em Roma), e assim permaneceu até a atualidade.  Isso se deve especialmente ao caráter de assembleia da liturgia cristã e ao fato de que este tipo de espaço permite acolher grande quantidade de pessoas, estabelecendo a hierarquia que lhe corresponde, com os fiéis distribuídos na nave (ou nas naves) e quem preside a cerimônia, no presbitério.

A disposição arquitetônica que deu nome às basílicas hoje são muito diferentes e adaptadas aos tempos e à funções. Por isso temos muitas basílicas que não seguem esse modelo de construção e o são por sua importância na história local ou regional.

No dia 18 de novembro, nós celebramos a Dedicação da Basílica de São Pedro e São Paulo. No pontificado do Papa Júlio II decidiu-se derrubar a anterior igreja de São Pedro. Em 18 de abril de 1506, Bramante recebeu o encargo de desenhar uma nova igreja. “O arquiteto Bramante desenhou um edifício centralmente planificado, com um domo colocado sobre o centro de uma cruz grega, com braços de idêntico tamanho, forma que correspondia aos ideais da Renascença. Os anos foram passando. Bramante foi sucedido por Rafael, Fra Giocondo, Giuliano da Sangallo, Baldassare Peruzzi, Antonio da Sangallo. O Papa Paulo III, em 1546, entregou a direção dos trabalhos a Michelangelo. Este, já com 72 anos, ficou fascinado com o domo, concentrando nele seus esforços, mas não conseguiu completá-lo antes de sua morte, em 1564. Vignoli, Pirro Ligorio, Giacomo della Porta continuaram os trabalhos na basílica”. (Consulta: http://blog.cancaonova.com/padreluizinho/2008/11/18/dedicacao-da-basilica-de-sao-pedro-e-sao-paulo/ Último acesso em: 13/11/2016).

Em 1629, Bernini começou a construir as torres sineiras na fachada, que ruíram por deficiências estruturais. Trinta anos mais tarde, Bernini redesenhou a Praça de São Pedro, mudando alguns aspectos do domo de Michelangelo e, sobretudo, unificando todos os edifícios em um conjunto harmonioso. Os trabalhos terminaram quando se acrescentou uma sacristia, sob o pontificado de Pio VI (1775-1799). A Basílica de São Pedro é a maior de todos os templos da Igreja Católica. Ela cobre área de 23000 m² e comporta mais de 60 mil pessoas.

Já a Basílica de São Paulo, “a grande Igreja de São Paulo Extramuros, foi construída principalmente pelo imperador Teodósio I e o Papa São Leão Magno. Em 1823 foi consumida por um incêndio. Reconstruiu-se, fazendo uma imitação da anterior, e foi consagrada pelo Papa Pio IX em 10 de dezembro de 1854, mas a data de sua comemoração se celebra neste dia, como o faz notar o Martirologio”. (Retirado do site: http://www.acidigital.com/santos/santo.php?n=171/ último acesso em: 13/11/2016).

Em Roma, aonde iremos participar do Consistório público de criação de novos irmãos padres Cardeais da Santa Igreja Romana, ao celebrarmos a Dedicação de São Pedro e São Paulo, queremos renovar a nossa fé sobre estas duas grandes colunas da Igreja. Assim como eles testemunharam e deram sua vida por Deus. Queremos também entregar a nossa vida ao serviço a Deus e ao próximo.


Cardeal Orani João Tempesta
Autor

Cardeal Orani João Tempesta

Arcebispo da Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro