02 de Fevereiro de 2025
As colunas da Igreja
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01/07/2016 14:01 - Atualizado em 01/07/2016 14:03
As colunas da Igreja 0
01/07/2016 14:01 - Atualizado em 01/07/2016 14:03
Neste domingo, a comunidade eclesial celebra a solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo. O mistério pascal do Senhor se atualizou na história destes dois grandes consagrados, e eles se tornaram testemunhas da vida cristã para as futuras gerações de seguidores. Por isso, nós, desejosos de trilhar o caminho da salvação, nos voltamos para estas figuras da primeira hora: as colunas da Igreja. O percurso petrino, desde o chamado às margens do lago de Genesaré até a sua morte na cidade de Roma (cf. Mc 1,16; Jo 21,18-19), e o paulino, começando com a aparição na estrada para Damasco e terminando, igualmente, com o martírio na capital do Império (cf. At 9,3; At 25,10), são um verdadeiro itinerário de amadurecimento para os fiéis.
A liturgia da Palavra é composta por textos bíblicos selecionados com o intuito de ilustrar a relação dos apóstolos com o Cristo e com a grei nascente. Assim, possuímos um duplo elenco de leituras, o primeiro em função da missa da vigília – At 3,1-10 (Pedro prossegue o ministério de Jesus), Gl 1,11-20 (o testemunho paulino e seu encontro com Céfas) e Jo 21,15-19 (o pastoreio petrino) –; o segundo para a Eucaristia do dia – At 12,1-11 (Pedro e o Mistério Pascal), 2Tm 4,6-8.17-18 (Paulo e o Mistério Pascal) e Mt 16,13-19 (a confissão de fé no Cristo). Através dessas passagens proclamadas nas celebrações, os fiéis escutam a voz do Ressuscitado, vocacionando-os também, à semelhança dos santos festejados, a se deixarem configurar em discípulos missionários
O evangelho da missa do dia – Mt 16,13-19 – apresenta os seguintes temas: a identidade de Jesus (vv. 13-16) e a de Simão (vv. 17-19). No primeiro, o Mestre inquire o grupo dos seguidores “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”. As multidões ouviam os seus discursos e via os seus gestos e, por isso, atribuíram-no o título de profeta, aquela pessoa autorizada para comunicar a vontade divina. O Senhor, depois, redireciona a pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Surge a resposta: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Pedro conferiu duas designações ao pregador da Galileia: Messias (Cristo) e Filho do Deus vivo. Esses epítetos revelam a sua verdade mais profunda, pois Ele não é apenas um profeta na sequência de Elias, Jeremias ou outro, nem mesmo na de João Batista. Jesus é o Ungido e o Primogênito de Deus.
O relato evangélico passa, então, a tratar da singularidade de Simão e de seu encargo diante da Igreja. Por conseguinte, três ações divinas confluem para o apóstolo: o Pai lhe desvela a identidade de Jesus; esse, por sua vez, decidi construir sua comunidade a partir do ministério petrino; e, para isso, transmite-lhe as condições necessárias para guiar os discípulos. Aparecem neste contexto duas imagens particulares: a “rocha” e as “chaves”. Desta forma, como Abraão é a rocha na qual o povo se estabelece (cf. Is 51,1-2), Pedro é o patriarca selecionado para confirmar o novo povo, convocado na fé em Cristo (cf. Lc 22,32). O simbolismo das chaves, já utilizado pelos rabinos a fim de significar autoridade, está ligado com o múnus de posicionar a reta interpretação da doutrina e o direcionamento moral.
A segunda leitura faz referência direta à experiência paulina. O testamento espiritual entregue a Timóteo narra a vida de um homem orientada exclusivamente pela Boa-Nova e pela tarefa de reunir os seguidores do Senhor – “ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente e ouvida por todas as nações” (2Tm 4,17) –; e, ainda, revela a sua esperança na vitória de Cristo sobre a morte e na bem-aventurança prometida aos crentes – “O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste” (2Tm 4,18). Sem dúvida, Paulo emerge no horizonte eclesial como exemplo de uma trajetória devotada ao anúncio da Palavra divina e à edificação das comunidades cristãs.
Canta a assembleia orante no hino do ofício das leituras da solenidade dos santos apóstolos: “louvamos Pedro e Paulo, por Cristo consagrados colunas da Igreja no sangue derramado”. De fato, a caminhada deles testemunha a atuação do Espírito Paráclito, convertendo e socorrendo a fraqueza humana e capacitando-a para o amor incondicional. Possa a celebração do martírio desses dois grandes homens fortalecer o povo de Deus para, na fidelidade ao projeto de Jesus, se dedicar muito mais a evangelização das gentes.
As colunas da Igreja
01/07/2016 14:01 - Atualizado em 01/07/2016 14:03
Neste domingo, a comunidade eclesial celebra a solenidade dos santos apóstolos Pedro e Paulo. O mistério pascal do Senhor se atualizou na história destes dois grandes consagrados, e eles se tornaram testemunhas da vida cristã para as futuras gerações de seguidores. Por isso, nós, desejosos de trilhar o caminho da salvação, nos voltamos para estas figuras da primeira hora: as colunas da Igreja. O percurso petrino, desde o chamado às margens do lago de Genesaré até a sua morte na cidade de Roma (cf. Mc 1,16; Jo 21,18-19), e o paulino, começando com a aparição na estrada para Damasco e terminando, igualmente, com o martírio na capital do Império (cf. At 9,3; At 25,10), são um verdadeiro itinerário de amadurecimento para os fiéis.
A liturgia da Palavra é composta por textos bíblicos selecionados com o intuito de ilustrar a relação dos apóstolos com o Cristo e com a grei nascente. Assim, possuímos um duplo elenco de leituras, o primeiro em função da missa da vigília – At 3,1-10 (Pedro prossegue o ministério de Jesus), Gl 1,11-20 (o testemunho paulino e seu encontro com Céfas) e Jo 21,15-19 (o pastoreio petrino) –; o segundo para a Eucaristia do dia – At 12,1-11 (Pedro e o Mistério Pascal), 2Tm 4,6-8.17-18 (Paulo e o Mistério Pascal) e Mt 16,13-19 (a confissão de fé no Cristo). Através dessas passagens proclamadas nas celebrações, os fiéis escutam a voz do Ressuscitado, vocacionando-os também, à semelhança dos santos festejados, a se deixarem configurar em discípulos missionários
O evangelho da missa do dia – Mt 16,13-19 – apresenta os seguintes temas: a identidade de Jesus (vv. 13-16) e a de Simão (vv. 17-19). No primeiro, o Mestre inquire o grupo dos seguidores “Quem dizem os homens ser o Filho do Homem?”. As multidões ouviam os seus discursos e via os seus gestos e, por isso, atribuíram-no o título de profeta, aquela pessoa autorizada para comunicar a vontade divina. O Senhor, depois, redireciona a pergunta: “E vós, quem dizeis que eu sou?”. Surge a resposta: “Tu és o Messias, o Filho do Deus vivo”. Pedro conferiu duas designações ao pregador da Galileia: Messias (Cristo) e Filho do Deus vivo. Esses epítetos revelam a sua verdade mais profunda, pois Ele não é apenas um profeta na sequência de Elias, Jeremias ou outro, nem mesmo na de João Batista. Jesus é o Ungido e o Primogênito de Deus.
O relato evangélico passa, então, a tratar da singularidade de Simão e de seu encargo diante da Igreja. Por conseguinte, três ações divinas confluem para o apóstolo: o Pai lhe desvela a identidade de Jesus; esse, por sua vez, decidi construir sua comunidade a partir do ministério petrino; e, para isso, transmite-lhe as condições necessárias para guiar os discípulos. Aparecem neste contexto duas imagens particulares: a “rocha” e as “chaves”. Desta forma, como Abraão é a rocha na qual o povo se estabelece (cf. Is 51,1-2), Pedro é o patriarca selecionado para confirmar o novo povo, convocado na fé em Cristo (cf. Lc 22,32). O simbolismo das chaves, já utilizado pelos rabinos a fim de significar autoridade, está ligado com o múnus de posicionar a reta interpretação da doutrina e o direcionamento moral.
A segunda leitura faz referência direta à experiência paulina. O testamento espiritual entregue a Timóteo narra a vida de um homem orientada exclusivamente pela Boa-Nova e pela tarefa de reunir os seguidores do Senhor – “ele fez com que a mensagem fosse anunciada por mim integralmente e ouvida por todas as nações” (2Tm 4,17) –; e, ainda, revela a sua esperança na vitória de Cristo sobre a morte e na bem-aventurança prometida aos crentes – “O Senhor me libertará de todo mal e me salvará para o seu Reino celeste” (2Tm 4,18). Sem dúvida, Paulo emerge no horizonte eclesial como exemplo de uma trajetória devotada ao anúncio da Palavra divina e à edificação das comunidades cristãs.
Canta a assembleia orante no hino do ofício das leituras da solenidade dos santos apóstolos: “louvamos Pedro e Paulo, por Cristo consagrados colunas da Igreja no sangue derramado”. De fato, a caminhada deles testemunha a atuação do Espírito Paráclito, convertendo e socorrendo a fraqueza humana e capacitando-a para o amor incondicional. Possa a celebração do martírio desses dois grandes homens fortalecer o povo de Deus para, na fidelidade ao projeto de Jesus, se dedicar muito mais a evangelização das gentes.
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