02 de Fevereiro de 2025
“A Alegria do Amor”
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20/04/2016 18:27 - Atualizado em 20/04/2016 19:24
“A Alegria do Amor” 0
20/04/2016 18:27 - Atualizado em 20/04/2016 19:24
Esta Exortação Apostólica é fruto de dois anos de trabalhos nos Sínodos — 2014 e 2015 — convocados pelo Papa que quis ouvir as bases, para dar uma palavra de Esperança e é, justamente, esta uma verdadeira carta do Amor na Família, com razão é assinada no dia 19 de março, dia da Solenidade de São José. No dizer do Papa Francisco trata-se de um “precioso poliedro” (n. 04), como uma bola de futebol onde temos várias peças poligonais costuradas lado a lado. O formato arredondado dessas peças deve-se à pressão interna do ar. Sem essa pressão interna, a superfície não seria arredondada, por isso a reunião dessa superfície com o seu interior é um exemplo de poliedro. No caso, o ouvir e anotar por dois anos cada peça da superfície nos faz montar a bola, sem se esquecer do ar do interior, que aqui é o próprio Espírito Santo.
O Romano Pontífice aproveita todas as contribuições e inclusive as cita inclusive personalidades, como Martin Luther King ou Erich Fromm. Curioso é a citação de um filme onde se explica o conceito de gratuidade, ou seja, “A Festa de Babette” .
Trata-se de um documento muito esperado. É um meio de levar aqueles que ajudam as famílias, destacando-se os sacerdotes e demais agentes de pastorais, a terem verdadeira misericórdia de irem ao encontro de muitos casos que ainda não estão regulares, mas que devem ser acolhidos e não descartados como faz a sociedade. É preciso buscar “soluções mais inculturadas, atentas às tradições e aos desafios locais”. Não podemos globalizar respostas, mas devemos humanizar tais respostas. Por isso, nada de ansiedade de mudanças e nem simples aplicação de normas abstratas.
Cada um é chamado a viver na alegria da família, por isso mesmo o documento é amplo, mas pleno de articulação e, com razão, pode ser lido aos poucos, verdadeiramente saboreado parte a parte, num verdadeiro grupo de reflexão inspirado pelo Espírito Santo.
Se as famílias conseguissem se reunirem, por pelo menos uma hora, lendo e saboreando estas palavras desta exortação pós-sinodal, é o convite do Papa, afinal a Família é uma oportunidade e não um problema!
Que estes IX capítulos, em seus 325 parágrafos, nos impulsione cada vez mais a plena consciência da ‘Família’, que precisa ser cada vez mais aprofundado e compreendido. Iniciemos com os dois primeiros capítulos.
O Romano Pontífice aproveita todas as contribuições e inclusive as cita inclusive personalidades, como Martin Luther King ou Erich Fromm. Curioso é a citação de um filme onde se explica o conceito de gratuidade, ou seja, “A Festa de Babette” .
Trata-se de um documento muito esperado. É um meio de levar aqueles que ajudam as famílias, destacando-se os sacerdotes e demais agentes de pastorais, a terem verdadeira misericórdia de irem ao encontro de muitos casos que ainda não estão regulares, mas que devem ser acolhidos e não descartados como faz a sociedade. É preciso buscar “soluções mais inculturadas, atentas às tradições e aos desafios locais”. Não podemos globalizar respostas, mas devemos humanizar tais respostas. Por isso, nada de ansiedade de mudanças e nem simples aplicação de normas abstratas.
Cada um é chamado a viver na alegria da família, por isso mesmo o documento é amplo, mas pleno de articulação e, com razão, pode ser lido aos poucos, verdadeiramente saboreado parte a parte, num verdadeiro grupo de reflexão inspirado pelo Espírito Santo.
Se as famílias conseguissem se reunirem, por pelo menos uma hora, lendo e saboreando estas palavras desta exortação pós-sinodal, é o convite do Papa, afinal a Família é uma oportunidade e não um problema!
Que estes IX capítulos, em seus 325 parágrafos, nos impulsione cada vez mais a plena consciência da ‘Família’, que precisa ser cada vez mais aprofundado e compreendido. Iniciemos com os dois primeiros capítulos.
Cap. I – À Luz da Palavra
Este capítulo com 22 parágrafos (nn. 08-30) o Papa demostra fundamentos e luzes Bíblicas meditando o Salmo 128, próprio da liturgia hebraica-cristã. Os subtítulos, ‘Tu e a tua esposa (nn. 09-13), Os teus filhos como brotos de oliveira (nn. 14-18), Um rastro de sofrimento e sangue (nn. 19-22), O fruto do teu próprio trabalho (nn. 23-26), A ternura do abraço (nn. 27-30)’, nos revelam a presença da família com suas gerações e histórias de amor e crises desde o início da Sagrada Escritura. Com isso o Papa quer demonstrar que a família não é um ideal abstrato, mas bem concreto, com altos e baixos inclusive. A Palavra de Deus mostra-nos como companheira de uma viagem, que nem sempre significa ser fácil, mas que tem momentos até dramáticos, mas que chegam a meta do verdadeiro caminho.
Este capítulo com 22 parágrafos (nn. 08-30) o Papa demostra fundamentos e luzes Bíblicas meditando o Salmo 128, próprio da liturgia hebraica-cristã. Os subtítulos, ‘Tu e a tua esposa (nn. 09-13), Os teus filhos como brotos de oliveira (nn. 14-18), Um rastro de sofrimento e sangue (nn. 19-22), O fruto do teu próprio trabalho (nn. 23-26), A ternura do abraço (nn. 27-30)’, nos revelam a presença da família com suas gerações e histórias de amor e crises desde o início da Sagrada Escritura. Com isso o Papa quer demonstrar que a família não é um ideal abstrato, mas bem concreto, com altos e baixos inclusive. A Palavra de Deus mostra-nos como companheira de uma viagem, que nem sempre significa ser fácil, mas que tem momentos até dramáticos, mas que chegam a meta do verdadeiro caminho.
Cap. II – Realidade e os desafios das famílias
Aqui temos não uma mera análise de conjuntura atual familiar, mas a real situação das famílias, descritas nestes 26 parágrafos (nn. 31-57), em dois subtítulos objetivos: A situação atual da família (nn. 32-49) e alguns desafios (nn. 50-57).
O mundo contemporâneo passa por situações desafiadoras para a Igreja, como a migração, cultura do provisório, mentalidade antinatalidade, questões impactantes da biotecnologias na procriação, falta de moradia e trabalho, insegurança profissional, econômico e medo relacional, pornografia, abuso de menores, o olhar para as pessoas deficientes e idosas (eutanásia e suicídio assistido), função educativa, ansiedade com futuro sem viver o presente, toxicodependência (álcool, jogos de azar), violência familiar como agressividade social, variedades situações familiares/uniões de fato, pessoas do mesmo sexo não podem ser equiparadas ao matrimônio, a prática da poligamia, desconstrução jurídica familiar; força da família a ensinar a amar; violência verbal, física e sexual contra a mulher; mutilação genital; aluguel de ventres; dignidade entre o homem e mulher; ausência do pai marca gravemente a vida familiar, a educação dos filhos e a sua inserção na sociedade; gender = negação natural ideológica da diferença de sexo [não esquecer que “sexo biológico (sex) e função sociocultural do sexo (gender), podem-se distinguir, mas não separar”, ou seja, não confundir ‘teorias’ de ver e interpretar a realidade com ‘ideologias’. Eis aqui o que observava o Papa Bento XVI, ou seja, a questão social se tornou um problema antropológico. E esta crise antropológica atinge a cultura atual.
O Papa cita Familiaris consortio, ratificando seu valor e sua vitalidade em nossos tempos. É preciso ouvir a realidade para compreender as exigências do presente e os apelos do Espírito. É preciso lutar contra o individualismo exacerbado que abafa a generosidade a outra pessoa, pois se teme a solidão, desejando proteção e fidelidade, no entanto, adia-se a o satisfazer pessoal devido o medo de relacionar-se seriamente.
A nossa realidade nos chama um matrimônio com abstrações idealísticas, pois não temos a família que queremos, temos a que construímos e a que está aí e é esta que pode crescer e equilibrar-se numa harmonia não ideal, mas real. Afinal o matrimônio nos leva a uma via dinâmica do crescer e realizar. Aqui nasce a possibilidade de chamamos a todos os fiéis a tomarem consciência, para que cada uma, em sua situação particular faça uma autocrítica e saiba que meios seguir. Jesus sempre foi exigente, mas também sempre foi próximo das pessoas, por exemplo a mulher adúltera (cf. n. 38).
O Papa Francisco disse noutro discurso que “é verdade que existe uma crise econômica, uma crise cultural, uma crise da fé, mas no fundo é a pessoa humana a estar em perigo”. E aqui cabe perfeitamente este entendimento, o que está em perigo é a família, é o casal, que precisa ser acolhido e ouvido, daí toma-se decisões a seguir o caminho.
Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ.
Aqui temos não uma mera análise de conjuntura atual familiar, mas a real situação das famílias, descritas nestes 26 parágrafos (nn. 31-57), em dois subtítulos objetivos: A situação atual da família (nn. 32-49) e alguns desafios (nn. 50-57).
O mundo contemporâneo passa por situações desafiadoras para a Igreja, como a migração, cultura do provisório, mentalidade antinatalidade, questões impactantes da biotecnologias na procriação, falta de moradia e trabalho, insegurança profissional, econômico e medo relacional, pornografia, abuso de menores, o olhar para as pessoas deficientes e idosas (eutanásia e suicídio assistido), função educativa, ansiedade com futuro sem viver o presente, toxicodependência (álcool, jogos de azar), violência familiar como agressividade social, variedades situações familiares/uniões de fato, pessoas do mesmo sexo não podem ser equiparadas ao matrimônio, a prática da poligamia, desconstrução jurídica familiar; força da família a ensinar a amar; violência verbal, física e sexual contra a mulher; mutilação genital; aluguel de ventres; dignidade entre o homem e mulher; ausência do pai marca gravemente a vida familiar, a educação dos filhos e a sua inserção na sociedade; gender = negação natural ideológica da diferença de sexo [não esquecer que “sexo biológico (sex) e função sociocultural do sexo (gender), podem-se distinguir, mas não separar”, ou seja, não confundir ‘teorias’ de ver e interpretar a realidade com ‘ideologias’. Eis aqui o que observava o Papa Bento XVI, ou seja, a questão social se tornou um problema antropológico. E esta crise antropológica atinge a cultura atual.
O Papa cita Familiaris consortio, ratificando seu valor e sua vitalidade em nossos tempos. É preciso ouvir a realidade para compreender as exigências do presente e os apelos do Espírito. É preciso lutar contra o individualismo exacerbado que abafa a generosidade a outra pessoa, pois se teme a solidão, desejando proteção e fidelidade, no entanto, adia-se a o satisfazer pessoal devido o medo de relacionar-se seriamente.
A nossa realidade nos chama um matrimônio com abstrações idealísticas, pois não temos a família que queremos, temos a que construímos e a que está aí e é esta que pode crescer e equilibrar-se numa harmonia não ideal, mas real. Afinal o matrimônio nos leva a uma via dinâmica do crescer e realizar. Aqui nasce a possibilidade de chamamos a todos os fiéis a tomarem consciência, para que cada uma, em sua situação particular faça uma autocrítica e saiba que meios seguir. Jesus sempre foi exigente, mas também sempre foi próximo das pessoas, por exemplo a mulher adúltera (cf. n. 38).
O Papa Francisco disse noutro discurso que “é verdade que existe uma crise econômica, uma crise cultural, uma crise da fé, mas no fundo é a pessoa humana a estar em perigo”. E aqui cabe perfeitamente este entendimento, o que está em perigo é a família, é o casal, que precisa ser acolhido e ouvido, daí toma-se decisões a seguir o caminho.
Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ.
“A Alegria do Amor”
20/04/2016 18:27 - Atualizado em 20/04/2016 19:24
Esta Exortação Apostólica é fruto de dois anos de trabalhos nos Sínodos — 2014 e 2015 — convocados pelo Papa que quis ouvir as bases, para dar uma palavra de Esperança e é, justamente, esta uma verdadeira carta do Amor na Família, com razão é assinada no dia 19 de março, dia da Solenidade de São José. No dizer do Papa Francisco trata-se de um “precioso poliedro” (n. 04), como uma bola de futebol onde temos várias peças poligonais costuradas lado a lado. O formato arredondado dessas peças deve-se à pressão interna do ar. Sem essa pressão interna, a superfície não seria arredondada, por isso a reunião dessa superfície com o seu interior é um exemplo de poliedro. No caso, o ouvir e anotar por dois anos cada peça da superfície nos faz montar a bola, sem se esquecer do ar do interior, que aqui é o próprio Espírito Santo.
O Romano Pontífice aproveita todas as contribuições e inclusive as cita inclusive personalidades, como Martin Luther King ou Erich Fromm. Curioso é a citação de um filme onde se explica o conceito de gratuidade, ou seja, “A Festa de Babette” .
Trata-se de um documento muito esperado. É um meio de levar aqueles que ajudam as famílias, destacando-se os sacerdotes e demais agentes de pastorais, a terem verdadeira misericórdia de irem ao encontro de muitos casos que ainda não estão regulares, mas que devem ser acolhidos e não descartados como faz a sociedade. É preciso buscar “soluções mais inculturadas, atentas às tradições e aos desafios locais”. Não podemos globalizar respostas, mas devemos humanizar tais respostas. Por isso, nada de ansiedade de mudanças e nem simples aplicação de normas abstratas.
Cada um é chamado a viver na alegria da família, por isso mesmo o documento é amplo, mas pleno de articulação e, com razão, pode ser lido aos poucos, verdadeiramente saboreado parte a parte, num verdadeiro grupo de reflexão inspirado pelo Espírito Santo.
Se as famílias conseguissem se reunirem, por pelo menos uma hora, lendo e saboreando estas palavras desta exortação pós-sinodal, é o convite do Papa, afinal a Família é uma oportunidade e não um problema!
Que estes IX capítulos, em seus 325 parágrafos, nos impulsione cada vez mais a plena consciência da ‘Família’, que precisa ser cada vez mais aprofundado e compreendido. Iniciemos com os dois primeiros capítulos.
O Romano Pontífice aproveita todas as contribuições e inclusive as cita inclusive personalidades, como Martin Luther King ou Erich Fromm. Curioso é a citação de um filme onde se explica o conceito de gratuidade, ou seja, “A Festa de Babette” .
Trata-se de um documento muito esperado. É um meio de levar aqueles que ajudam as famílias, destacando-se os sacerdotes e demais agentes de pastorais, a terem verdadeira misericórdia de irem ao encontro de muitos casos que ainda não estão regulares, mas que devem ser acolhidos e não descartados como faz a sociedade. É preciso buscar “soluções mais inculturadas, atentas às tradições e aos desafios locais”. Não podemos globalizar respostas, mas devemos humanizar tais respostas. Por isso, nada de ansiedade de mudanças e nem simples aplicação de normas abstratas.
Cada um é chamado a viver na alegria da família, por isso mesmo o documento é amplo, mas pleno de articulação e, com razão, pode ser lido aos poucos, verdadeiramente saboreado parte a parte, num verdadeiro grupo de reflexão inspirado pelo Espírito Santo.
Se as famílias conseguissem se reunirem, por pelo menos uma hora, lendo e saboreando estas palavras desta exortação pós-sinodal, é o convite do Papa, afinal a Família é uma oportunidade e não um problema!
Que estes IX capítulos, em seus 325 parágrafos, nos impulsione cada vez mais a plena consciência da ‘Família’, que precisa ser cada vez mais aprofundado e compreendido. Iniciemos com os dois primeiros capítulos.
Cap. I – À Luz da Palavra
Este capítulo com 22 parágrafos (nn. 08-30) o Papa demostra fundamentos e luzes Bíblicas meditando o Salmo 128, próprio da liturgia hebraica-cristã. Os subtítulos, ‘Tu e a tua esposa (nn. 09-13), Os teus filhos como brotos de oliveira (nn. 14-18), Um rastro de sofrimento e sangue (nn. 19-22), O fruto do teu próprio trabalho (nn. 23-26), A ternura do abraço (nn. 27-30)’, nos revelam a presença da família com suas gerações e histórias de amor e crises desde o início da Sagrada Escritura. Com isso o Papa quer demonstrar que a família não é um ideal abstrato, mas bem concreto, com altos e baixos inclusive. A Palavra de Deus mostra-nos como companheira de uma viagem, que nem sempre significa ser fácil, mas que tem momentos até dramáticos, mas que chegam a meta do verdadeiro caminho.
Este capítulo com 22 parágrafos (nn. 08-30) o Papa demostra fundamentos e luzes Bíblicas meditando o Salmo 128, próprio da liturgia hebraica-cristã. Os subtítulos, ‘Tu e a tua esposa (nn. 09-13), Os teus filhos como brotos de oliveira (nn. 14-18), Um rastro de sofrimento e sangue (nn. 19-22), O fruto do teu próprio trabalho (nn. 23-26), A ternura do abraço (nn. 27-30)’, nos revelam a presença da família com suas gerações e histórias de amor e crises desde o início da Sagrada Escritura. Com isso o Papa quer demonstrar que a família não é um ideal abstrato, mas bem concreto, com altos e baixos inclusive. A Palavra de Deus mostra-nos como companheira de uma viagem, que nem sempre significa ser fácil, mas que tem momentos até dramáticos, mas que chegam a meta do verdadeiro caminho.
Cap. II – Realidade e os desafios das famílias
Aqui temos não uma mera análise de conjuntura atual familiar, mas a real situação das famílias, descritas nestes 26 parágrafos (nn. 31-57), em dois subtítulos objetivos: A situação atual da família (nn. 32-49) e alguns desafios (nn. 50-57).
O mundo contemporâneo passa por situações desafiadoras para a Igreja, como a migração, cultura do provisório, mentalidade antinatalidade, questões impactantes da biotecnologias na procriação, falta de moradia e trabalho, insegurança profissional, econômico e medo relacional, pornografia, abuso de menores, o olhar para as pessoas deficientes e idosas (eutanásia e suicídio assistido), função educativa, ansiedade com futuro sem viver o presente, toxicodependência (álcool, jogos de azar), violência familiar como agressividade social, variedades situações familiares/uniões de fato, pessoas do mesmo sexo não podem ser equiparadas ao matrimônio, a prática da poligamia, desconstrução jurídica familiar; força da família a ensinar a amar; violência verbal, física e sexual contra a mulher; mutilação genital; aluguel de ventres; dignidade entre o homem e mulher; ausência do pai marca gravemente a vida familiar, a educação dos filhos e a sua inserção na sociedade; gender = negação natural ideológica da diferença de sexo [não esquecer que “sexo biológico (sex) e função sociocultural do sexo (gender), podem-se distinguir, mas não separar”, ou seja, não confundir ‘teorias’ de ver e interpretar a realidade com ‘ideologias’. Eis aqui o que observava o Papa Bento XVI, ou seja, a questão social se tornou um problema antropológico. E esta crise antropológica atinge a cultura atual.
O Papa cita Familiaris consortio, ratificando seu valor e sua vitalidade em nossos tempos. É preciso ouvir a realidade para compreender as exigências do presente e os apelos do Espírito. É preciso lutar contra o individualismo exacerbado que abafa a generosidade a outra pessoa, pois se teme a solidão, desejando proteção e fidelidade, no entanto, adia-se a o satisfazer pessoal devido o medo de relacionar-se seriamente.
A nossa realidade nos chama um matrimônio com abstrações idealísticas, pois não temos a família que queremos, temos a que construímos e a que está aí e é esta que pode crescer e equilibrar-se numa harmonia não ideal, mas real. Afinal o matrimônio nos leva a uma via dinâmica do crescer e realizar. Aqui nasce a possibilidade de chamamos a todos os fiéis a tomarem consciência, para que cada uma, em sua situação particular faça uma autocrítica e saiba que meios seguir. Jesus sempre foi exigente, mas também sempre foi próximo das pessoas, por exemplo a mulher adúltera (cf. n. 38).
O Papa Francisco disse noutro discurso que “é verdade que existe uma crise econômica, uma crise cultural, uma crise da fé, mas no fundo é a pessoa humana a estar em perigo”. E aqui cabe perfeitamente este entendimento, o que está em perigo é a família, é o casal, que precisa ser acolhido e ouvido, daí toma-se decisões a seguir o caminho.
Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ.
Aqui temos não uma mera análise de conjuntura atual familiar, mas a real situação das famílias, descritas nestes 26 parágrafos (nn. 31-57), em dois subtítulos objetivos: A situação atual da família (nn. 32-49) e alguns desafios (nn. 50-57).
O mundo contemporâneo passa por situações desafiadoras para a Igreja, como a migração, cultura do provisório, mentalidade antinatalidade, questões impactantes da biotecnologias na procriação, falta de moradia e trabalho, insegurança profissional, econômico e medo relacional, pornografia, abuso de menores, o olhar para as pessoas deficientes e idosas (eutanásia e suicídio assistido), função educativa, ansiedade com futuro sem viver o presente, toxicodependência (álcool, jogos de azar), violência familiar como agressividade social, variedades situações familiares/uniões de fato, pessoas do mesmo sexo não podem ser equiparadas ao matrimônio, a prática da poligamia, desconstrução jurídica familiar; força da família a ensinar a amar; violência verbal, física e sexual contra a mulher; mutilação genital; aluguel de ventres; dignidade entre o homem e mulher; ausência do pai marca gravemente a vida familiar, a educação dos filhos e a sua inserção na sociedade; gender = negação natural ideológica da diferença de sexo [não esquecer que “sexo biológico (sex) e função sociocultural do sexo (gender), podem-se distinguir, mas não separar”, ou seja, não confundir ‘teorias’ de ver e interpretar a realidade com ‘ideologias’. Eis aqui o que observava o Papa Bento XVI, ou seja, a questão social se tornou um problema antropológico. E esta crise antropológica atinge a cultura atual.
O Papa cita Familiaris consortio, ratificando seu valor e sua vitalidade em nossos tempos. É preciso ouvir a realidade para compreender as exigências do presente e os apelos do Espírito. É preciso lutar contra o individualismo exacerbado que abafa a generosidade a outra pessoa, pois se teme a solidão, desejando proteção e fidelidade, no entanto, adia-se a o satisfazer pessoal devido o medo de relacionar-se seriamente.
A nossa realidade nos chama um matrimônio com abstrações idealísticas, pois não temos a família que queremos, temos a que construímos e a que está aí e é esta que pode crescer e equilibrar-se numa harmonia não ideal, mas real. Afinal o matrimônio nos leva a uma via dinâmica do crescer e realizar. Aqui nasce a possibilidade de chamamos a todos os fiéis a tomarem consciência, para que cada uma, em sua situação particular faça uma autocrítica e saiba que meios seguir. Jesus sempre foi exigente, mas também sempre foi próximo das pessoas, por exemplo a mulher adúltera (cf. n. 38).
O Papa Francisco disse noutro discurso que “é verdade que existe uma crise econômica, uma crise cultural, uma crise da fé, mas no fundo é a pessoa humana a estar em perigo”. E aqui cabe perfeitamente este entendimento, o que está em perigo é a família, é o casal, que precisa ser acolhido e ouvido, daí toma-se decisões a seguir o caminho.
Orani João, Cardeal Tempesta, O.Cist.
Arcebispo Metropolitano de São Sebastião do Rio de Janeiro, RJ.
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