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Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro, 17/05/2024

17 de Maio de 2024

Retornar à vida

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04/03/2016 00:00 - Atualizado em 07/03/2016 17:26

Retornar à vida 0

04/03/2016 00:00 - Atualizado em 07/03/2016 17:26

“Provai e vede quão suave é o Senhor.” (Sl 33)

É a suavidade do Senhor que Lucas nos transmite neste conjunto do capítulo 15 do seu evangelho, com essa parábola registrada somente aqui e conhecida como a parábola do “filho pródigo” ou do “Pai misericordioso”. De fato, é o Pai o centro dessa parábola. Esse pai terreno, figura do Pai eterno.

Esse domingo, comumente conhecido como “domingo da alegria”, nos coloca através dessa palavra em contato com o chamado de Deus à conversão que vem acompanhado pela alegria que nos dá saber que podemos sempre contar com a sua misericórdia, com o seu acolhimento, com o seu abraço e seus beijos, como descreve Lucas em sua parábola.

A parábola que hoje nós ouvimos coloca diante dos nossos olhos dois filhos: um aparentemente justo, que sempre está “na casa”, que cumpre os mandamentos; outro, que gasta dissolutamente a herança que havia recebido do seu pai. O pai aqui precisa contemporanizar com os dois filhos.

O primeiro sai da casa paterna, gasta seus bens e, quando percebe o grande vazio que construiu para si retorna à casa, e o pai o acolhe de braços abertos, dando mostras da sua infinita misericórdia. Esse filho mais moço, é figura dos pagãos, dos pecadores, daqueles que são “mais moços” porque conheceram a salvação tardiamente.

O segundo filho, mais velho, representa o povo judeu, que há muito havia recebido a palavra da salvação. No meio desse povo existem os fariseus, simbolizados por esse filho, que cumpre a risca todas as ordens do Pai, mas que também não está na casa, não sente a casa paterna como sendo sua, porque não usufrui livremente dos bens dessa casa. Vemos isso no final da parábola, quando ele reclama do Pai uma recompensa e o Pai afirma que ele não precisa de recompensa, porque é filho e pode usufruir livremente dos bens.

O pai quer introduzir esses dois filhos na casa. Quer acolher o primeiro com misericórdia, porque estava perdido e foi reencontrado. Todavia, o segundo filho também precisa ser reencontrado. Este também precisa reconhecer que é filho. E vejamos que ele se recusa a entrar na casa e festejar. No fundo, ele não se sente filho, mas empregado. Também desconhece o pai tanto quanto o filho mais moço. O mais moço pensava que o pai o receberia como um empregado, e também o mais velho se sente apenas como um dos empregados.

Lucas nos descreve a misericórdia e a insistência do pai para que esses dois filhos entrem na casa. Essa parábola nos conecta com a misericórdia de Deus já antes revelada nos profetas. Ela é como um eco de trechos que conhecemos de Isaías, de Jeremias e de Oséias:

“ Por acaso uma mulher se esquecerá da sua criancinha de peito? Não se compadecerá ela do fruto do seu ventre? Ainda que as mulheres se esquecessem eu não me esqueceria de ti. Eis que te gravei nas palmas da minha mão, os teus muros estão continuamente diante de mim.” (Is 49,15-16)

“Será Efraim para mim um filho tão querido, uma criança de tal forma preferida, que cada vez que falo nele quero ainda lembrar-me dele? É por isso que minhas entranhas se comovem por ele, que por ele transborda minha ternura, oráculo de Adonai.” (Jr 31,20)

“Como poderia eu abandonar-te, ó Efraim, entregar-te, ó Israel? Como poderia eu abandonar-te como a Adama, tratar-te como a Seboim? Meu coração se contorce dentro de mim, minhas entranhas comovem-se. Não executarei o ardor de minha ira, não tornarei a destruir Efraim, porque eu sou um Deus e não um homem, eu sou santo no meio de ti, não retornarei com furor.” (Os 11,8-9)

Dentro de nós existem esses dois filhos. Somos como esse filho mais moço, que não conhecendo a verdadeira face do pai, saiu e gastou tudo o que possuía. Nós também pensávamos que fora de Deus poderíamos construir uma casa para nós. Na verdade, o que encontramos é a morte, fruto do pecado.

Pecar é estar fora de si, é sair da casa. Se com o autor da carta aos Hebreus (cf. Hb 3,6) acreditarmos que a casa de Deus somos nós, o pecado, o sair da casa, significa sair de si, é como uma loucura que nos invade, no final da qual somente podemos encontrar a morte e o desespero, pelo vazio que se nos fica diante dos olhos. Todavia, se como o filho mais moço também tivermos a celeste chance de “cairmos em nós” poderemos perceber o vazio e a loucura da nossa vida e retornaremos para a casa do Pai.

“Retornar ao Pai”, “procurar o Pai”, eis o centro dessa parábola. Esse é um itinerário para toda a nossa vida. Precisamos ter como norte orientador da nossa existência o “procurar o Pai”. Toda a nossa vida deve ser uma constante procura do Pai, um constante retornar a casa. A cada dia precisamos parar e constatar o que estamos procurando. Precisamos retornar a nós mesmos, a esta casa que somos nós, precisamos “voltar a si” e no fundo do nosso coração, que é o centro da nossa casa, escutarmos aquela que no dizer de Santo Inácio de Antioquia, murmura dentro de nós dizendo “vem para o Pai”.

Essa busca do Pai é que deve orientar toda a nossa vida. Quando retornarmos à casa que somos nós, também poderemos retornar à casa que é a Igreja. E assim, meus queridos, a nossa vida se tornará uma contínua peregrinação, até aquele dia derradeiro e último, do qual esse domingo é já uma sombra, um prelúdio, onde estaremos definitivamente na Casa, onde seremos recebidos de longe pelo Pai, que se lançará também ao nosso pescoço, cobrir-nos-á de beijos, nos dará uma veste nova, sandália nova e um novo anel, e nos introduzirá na festa, preparada para nós porque “estávamos perdidos e fomos encontrados”, “porque estávamos mortos e retornamos à vida”.

Como dizia um pouco antes, também existe dentro de nós o outro filho, o mais velho, que pensa sempre ter estado na casa. Muitas vezes também meus irmãos, depois de um tempo de caminhada, nos ressecamos. Começamos a cumprir os mandamentos não como sendo a lei do amor, o descobrimento do Pai, mas como uma fria norma de conduta, que nos endurece o coração, que nos torna frios, que nos faz esquecer a ternura do Pai. Não erramos, mas acusamos e rejeitamos os que erram. Fazemos tudo certo, todavia não porque amamos, mas porque esperamos ser recompensados. Com isso, também não estamos sendo filhos. Esse filho duro de coração também precisa entrar na casa. Precisa se alegrar com os que voltam e voltar também ele para o Pai, descobrindo-o não como um chefe, não como um patrão, mas como seu Pai.

É o Cristo quem faz de nós meus irmãos uma “criatura nova”. Ele é o único Filho, o que nunca se afastou da casa. Ele é o que pode propriamente ser chamado Filho. Contudo, n’Ele nós nos tornamos uma “criatura nova”, n’Ele “fomos reconciliados com o Pai”, Ele nos abriu a possibilidade de nos voltarmos para o Pai, de cujas mãos saímos e de quem nos afastamos pelo pecado. Ele é o nosso Salvador justamente por isso, porque nos aproxima do Pai.

Neste tempo de quaresma, somos continuamente convidados à conversão. A Palavra de Deus a cada dia nos exorta: convertei-vos! Voltemos para o Pai!. Ele prepara para nós um banquete. Poderíamos dizer que Ele já preparou, porque nós que aqui nos reunimos já nos alimentamos da mesa da Palavra e da mesa da Eucaristia. Contudo, esse banquete que nos é dado como sustento nesta terra de exílio é ainda uma antecipação do que o Senhor tem reservado para nós nos céus.

Israel, ao celebrar a Páscoa na planície de Jericó, não imaginava que aquela Páscoa transitória simbolizava uma outra, definitiva e muito melhor. Nós que hoje aqui nos reunimos atualizamos o mistério dessa Páscoa melhor, a que Cristo nos ofereceu com o mistério da sua morte gloriosa e da sua ressurreição bendita. Todavia, vemos em figuras sob o véu dos sacramentos o que veremos face a face na glória celeste. É para lá que corremos. A Páscoa que se aproxima é ocasião de renovarmos a esperança naquela Páscoa definitiva. A Quaresma que estamos vivendo é símbolo de como deve ser toda a nossa caminhada neste mundo, numa contínua busca do que é essencial, do que é central nas nossas vidas e do que molda todas as nossas relações: o Pai, único objeto do nosso desejo e da nossa concupiscência espiritual.

Que hoje estejamos atentos à súplica do apóstolo: “Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus” (cf. segunda leitura).Que nos abramos à reconciliação que o Filho, gratuitamente, nos tem oferecido. Que se renove em nós o ânimo de voltar para casa, porque lá está o Pai que nos acolhe com ternura e misericórdia, que não se esquece de nós, que está à nossa espera, cujas entranhas se contorcem por nós, cada vez que Ele de nós se recorda. Provemos e vejamos “quão suave é o Senhor”, que “contemplemos a sua face e nos alegremos com sua beleza”.

 

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04/03/2016 00:00 - Atualizado em 07/03/2016 17:26

“Provai e vede quão suave é o Senhor.” (Sl 33)

É a suavidade do Senhor que Lucas nos transmite neste conjunto do capítulo 15 do seu evangelho, com essa parábola registrada somente aqui e conhecida como a parábola do “filho pródigo” ou do “Pai misericordioso”. De fato, é o Pai o centro dessa parábola. Esse pai terreno, figura do Pai eterno.

Esse domingo, comumente conhecido como “domingo da alegria”, nos coloca através dessa palavra em contato com o chamado de Deus à conversão que vem acompanhado pela alegria que nos dá saber que podemos sempre contar com a sua misericórdia, com o seu acolhimento, com o seu abraço e seus beijos, como descreve Lucas em sua parábola.

A parábola que hoje nós ouvimos coloca diante dos nossos olhos dois filhos: um aparentemente justo, que sempre está “na casa”, que cumpre os mandamentos; outro, que gasta dissolutamente a herança que havia recebido do seu pai. O pai aqui precisa contemporanizar com os dois filhos.

O primeiro sai da casa paterna, gasta seus bens e, quando percebe o grande vazio que construiu para si retorna à casa, e o pai o acolhe de braços abertos, dando mostras da sua infinita misericórdia. Esse filho mais moço, é figura dos pagãos, dos pecadores, daqueles que são “mais moços” porque conheceram a salvação tardiamente.

O segundo filho, mais velho, representa o povo judeu, que há muito havia recebido a palavra da salvação. No meio desse povo existem os fariseus, simbolizados por esse filho, que cumpre a risca todas as ordens do Pai, mas que também não está na casa, não sente a casa paterna como sendo sua, porque não usufrui livremente dos bens dessa casa. Vemos isso no final da parábola, quando ele reclama do Pai uma recompensa e o Pai afirma que ele não precisa de recompensa, porque é filho e pode usufruir livremente dos bens.

O pai quer introduzir esses dois filhos na casa. Quer acolher o primeiro com misericórdia, porque estava perdido e foi reencontrado. Todavia, o segundo filho também precisa ser reencontrado. Este também precisa reconhecer que é filho. E vejamos que ele se recusa a entrar na casa e festejar. No fundo, ele não se sente filho, mas empregado. Também desconhece o pai tanto quanto o filho mais moço. O mais moço pensava que o pai o receberia como um empregado, e também o mais velho se sente apenas como um dos empregados.

Lucas nos descreve a misericórdia e a insistência do pai para que esses dois filhos entrem na casa. Essa parábola nos conecta com a misericórdia de Deus já antes revelada nos profetas. Ela é como um eco de trechos que conhecemos de Isaías, de Jeremias e de Oséias:

“ Por acaso uma mulher se esquecerá da sua criancinha de peito? Não se compadecerá ela do fruto do seu ventre? Ainda que as mulheres se esquecessem eu não me esqueceria de ti. Eis que te gravei nas palmas da minha mão, os teus muros estão continuamente diante de mim.” (Is 49,15-16)

“Será Efraim para mim um filho tão querido, uma criança de tal forma preferida, que cada vez que falo nele quero ainda lembrar-me dele? É por isso que minhas entranhas se comovem por ele, que por ele transborda minha ternura, oráculo de Adonai.” (Jr 31,20)

“Como poderia eu abandonar-te, ó Efraim, entregar-te, ó Israel? Como poderia eu abandonar-te como a Adama, tratar-te como a Seboim? Meu coração se contorce dentro de mim, minhas entranhas comovem-se. Não executarei o ardor de minha ira, não tornarei a destruir Efraim, porque eu sou um Deus e não um homem, eu sou santo no meio de ti, não retornarei com furor.” (Os 11,8-9)

Dentro de nós existem esses dois filhos. Somos como esse filho mais moço, que não conhecendo a verdadeira face do pai, saiu e gastou tudo o que possuía. Nós também pensávamos que fora de Deus poderíamos construir uma casa para nós. Na verdade, o que encontramos é a morte, fruto do pecado.

Pecar é estar fora de si, é sair da casa. Se com o autor da carta aos Hebreus (cf. Hb 3,6) acreditarmos que a casa de Deus somos nós, o pecado, o sair da casa, significa sair de si, é como uma loucura que nos invade, no final da qual somente podemos encontrar a morte e o desespero, pelo vazio que se nos fica diante dos olhos. Todavia, se como o filho mais moço também tivermos a celeste chance de “cairmos em nós” poderemos perceber o vazio e a loucura da nossa vida e retornaremos para a casa do Pai.

“Retornar ao Pai”, “procurar o Pai”, eis o centro dessa parábola. Esse é um itinerário para toda a nossa vida. Precisamos ter como norte orientador da nossa existência o “procurar o Pai”. Toda a nossa vida deve ser uma constante procura do Pai, um constante retornar a casa. A cada dia precisamos parar e constatar o que estamos procurando. Precisamos retornar a nós mesmos, a esta casa que somos nós, precisamos “voltar a si” e no fundo do nosso coração, que é o centro da nossa casa, escutarmos aquela que no dizer de Santo Inácio de Antioquia, murmura dentro de nós dizendo “vem para o Pai”.

Essa busca do Pai é que deve orientar toda a nossa vida. Quando retornarmos à casa que somos nós, também poderemos retornar à casa que é a Igreja. E assim, meus queridos, a nossa vida se tornará uma contínua peregrinação, até aquele dia derradeiro e último, do qual esse domingo é já uma sombra, um prelúdio, onde estaremos definitivamente na Casa, onde seremos recebidos de longe pelo Pai, que se lançará também ao nosso pescoço, cobrir-nos-á de beijos, nos dará uma veste nova, sandália nova e um novo anel, e nos introduzirá na festa, preparada para nós porque “estávamos perdidos e fomos encontrados”, “porque estávamos mortos e retornamos à vida”.

Como dizia um pouco antes, também existe dentro de nós o outro filho, o mais velho, que pensa sempre ter estado na casa. Muitas vezes também meus irmãos, depois de um tempo de caminhada, nos ressecamos. Começamos a cumprir os mandamentos não como sendo a lei do amor, o descobrimento do Pai, mas como uma fria norma de conduta, que nos endurece o coração, que nos torna frios, que nos faz esquecer a ternura do Pai. Não erramos, mas acusamos e rejeitamos os que erram. Fazemos tudo certo, todavia não porque amamos, mas porque esperamos ser recompensados. Com isso, também não estamos sendo filhos. Esse filho duro de coração também precisa entrar na casa. Precisa se alegrar com os que voltam e voltar também ele para o Pai, descobrindo-o não como um chefe, não como um patrão, mas como seu Pai.

É o Cristo quem faz de nós meus irmãos uma “criatura nova”. Ele é o único Filho, o que nunca se afastou da casa. Ele é o que pode propriamente ser chamado Filho. Contudo, n’Ele nós nos tornamos uma “criatura nova”, n’Ele “fomos reconciliados com o Pai”, Ele nos abriu a possibilidade de nos voltarmos para o Pai, de cujas mãos saímos e de quem nos afastamos pelo pecado. Ele é o nosso Salvador justamente por isso, porque nos aproxima do Pai.

Neste tempo de quaresma, somos continuamente convidados à conversão. A Palavra de Deus a cada dia nos exorta: convertei-vos! Voltemos para o Pai!. Ele prepara para nós um banquete. Poderíamos dizer que Ele já preparou, porque nós que aqui nos reunimos já nos alimentamos da mesa da Palavra e da mesa da Eucaristia. Contudo, esse banquete que nos é dado como sustento nesta terra de exílio é ainda uma antecipação do que o Senhor tem reservado para nós nos céus.

Israel, ao celebrar a Páscoa na planície de Jericó, não imaginava que aquela Páscoa transitória simbolizava uma outra, definitiva e muito melhor. Nós que hoje aqui nos reunimos atualizamos o mistério dessa Páscoa melhor, a que Cristo nos ofereceu com o mistério da sua morte gloriosa e da sua ressurreição bendita. Todavia, vemos em figuras sob o véu dos sacramentos o que veremos face a face na glória celeste. É para lá que corremos. A Páscoa que se aproxima é ocasião de renovarmos a esperança naquela Páscoa definitiva. A Quaresma que estamos vivendo é símbolo de como deve ser toda a nossa caminhada neste mundo, numa contínua busca do que é essencial, do que é central nas nossas vidas e do que molda todas as nossas relações: o Pai, único objeto do nosso desejo e da nossa concupiscência espiritual.

Que hoje estejamos atentos à súplica do apóstolo: “Em nome de Cristo, nós vos suplicamos: deixai-vos reconciliar com Deus” (cf. segunda leitura).Que nos abramos à reconciliação que o Filho, gratuitamente, nos tem oferecido. Que se renove em nós o ânimo de voltar para casa, porque lá está o Pai que nos acolhe com ternura e misericórdia, que não se esquece de nós, que está à nossa espera, cujas entranhas se contorcem por nós, cada vez que Ele de nós se recorda. Provemos e vejamos “quão suave é o Senhor”, que “contemplemos a sua face e nos alegremos com sua beleza”.

 

Padre Fábio Siqueira
Autor

Padre Fábio Siqueira

Vice-diretor das Escolas de Fé e Catequese Mater Ecclesiae e Luz e Vida